Qual o tipo de linguagem de Gregório de Matos?

Perguntado por: llopes . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A poesia de Gregório de Matos (1633-1695) foi a principal expressão do Barroco no Brasil. Ele ficou conhecido como “Boca de Inferno” em decorrência da sua forma satírica de se expressar, criticamente e sem receio.

Gregório de Matos, também conhecido como “Boca do Inferno”, é um dos principais nomes do barroco brasileiro. A característica marcante do autor é o teor ácido, crítico, de seus escritos. A Igreja Católica recebia muitas críticas do poeta, motivo pelo qual Gregório recebeu a alcunha “Boca do Inferno”.

Os poemas de Gregório de Matos eram, via de regra, escritos em panfletos, que circulavam pela cidade de Salvador. Esses panfletos eram reunidos por alguns colecionadores e depois costurados em um tipo de documento conhecido como códice.

As principais Figuras de Linguagem são Metáfora, Símile, Analogia, Metonímia, Perífrase, Sinestesia, Hipérbole, Elipse (ou Zeugma), Silepse, Hipérbato (ou Inversão), Polissíndeto, Antítese, Paradoxo, Gradação (ou Clímax) e Personificação (ou Prosopopeia).

O Barroco delineia-se como uma linguagem repleta de metáforas, antíteses, sonoridades, o que Ávila conceitua como linguagem lúdica.

Existem seis funções da linguagem: referencial, emotiva, poética, conativa, fática e metalinguística.

Estilo literário barroco
Com linguagem rebuscada e conotação religiosa, a poesia barroca tem como característica marcante o uso de figuras de linguagens. Através de antíteses e paradoxos o poeta barroco expressava seus sentimentos de forma exagerada.

O barroco, também chamado seiscentismo, foi uma tendência artística que reagiu ao otimismo antropocentrista do Renascimento, tendo dominado a literatura, a arquitetura e as artes plásticas no século XVII.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
A poesia de Gregório de Matos é religiosa e lírica [ver Antologia]. Absolutamente conforme com a estética do Barroco, abusa de figuras de linguagem; faz uso do estilo cultista e conceitista, através de jogos de palavras e raciocínios sutis.

A obra de Gregório de Matos divide-se em três vertentes temáticas: poesia satírica, religiosa e lírica.

Gregório de Matos foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Além de poeta, Gregório foi advogado durante o período colonial. É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo famoso por seus sonetos satíricos, donde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época.

O gênero lírico é basicamente poesia. Ou seja, tem por foco os sentimentos, porém é mais do que a tentativa de relatar algo, o propósito é despertar sentimentos. Contudo, nem sempre são sentimentos positivos, é possível encontrar textos do gênero lírico com expressando emoções de raiva, ódio, fúria, entre outros.

Exemplos de gênero lírico
É um gênero de poesia que surgiu na Grécia Antiga, recitada em forma de canto e, normalmente, acompanhada pela sonoridade de algum instrumento musical, como a flauta ou a lira. O nome “lírica” (do latim lyricu) se originou a partir deste último.

Poesia lírico-amorosa de Gregório de Matos
Anjo no nome, Angélica na cara, Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós se uniformara?

Metáfora é uma figura de linguagem em que se verifica uma comparação implícita, isto é, sem a presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa. Metáfora é uma figura de linguagem em que se verifica uma comparação implícita, isto é, sem conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

Como mencionado anteriormente, as Figuras de Linguagem são classificadas em quatro: figuras de palavra, figuras de sintaxe, figuras de pensamento e figuras de som.

Poemas escolhidos de Gregório de Matos (análise da obra)

  • À cidade da Bahia. Triste Bahia! ...
  • A Jesus Cristo Nosso Senhor. Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, ...
  • Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama a quem queria bem. Ardor em firme Coração nascido; ...
  • E isto é o amor? Mandai-me Senhores, hoje.

Nesse sentido, a sátira nada mais é que uma poesia usada para ridicularizar costumes, figuras públicas, instituições, etc. Vale notar que nem sempre ela é literária, sendo também usada no cinema, na música e na televisão.