Qual o tempo máximo que uma pessoa pode ficar em coma?

Perguntado por: rmedeiros . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
4.5 / 5 3 votos

A duração de um coma costuma ser menos de quatro semanas, com a recuperação acontecendo de forma gradual, mas também há casos em que uma pessoa permanece em um estado de inconsciência por anos ou décadas.

Muitas vezes, o coma é reversível e, por isso, a pessoa pode voltar a acordar, no entanto, o tempo até que o estado de coma passe é muito variável, de acordo com a idade, estado de saúde geral e a causa.

O coma, também conhecido como estado vegetativo persistente, é um estado profundo de inconsciência. No coma não há respostas intencionais a estímulos internos ou externos, embora possam estar presentes respostas não intencionais a estímulos dolorosos e reflexos do tronco cerebral.

Pessoas em coma não abrem os olhos, não respondem a nenhum estímulo externo e não podem ser despertadas. Estima-se que o metabolismo cerebral de uma pessoa nessas condições diminua em 50%.

Não existe uma forma de tratamento no sentido de tirar o paciente do estado de coma.

- Elaine Esposito - criança norte-americana que ficou em estado vegetativo aos seis anos após uma operação ao apêndice. Ficou em coma durante 37 anos e tem o recorde de tempo mais longo. Morreu em 1978. - Terry Wallis: considerado "o milagre da medicina", conseguiu recuperar a consciência após 19 anos em coma.

Coma estrutural: devido a alterações na estrutura anatômica do cérebro , como ocorre nos traumatismos ou nos acidentes vasculares encefálicos, por exemplo. Coma não estrutural: quando há distúrbios metabólicos do cérebro , como no diabetes mellitus , intoxicações e asfixias, por exemplo.

O coma é uma redução prolongada dos níveis de consciência, de modo que a pessoa aparenta estar apenas dormindo. E, apesar de o cérebro ainda enviar sinais que mantêm as funções vitais funcionando, a pessoa em coma não consegue ser despertada por estímulos externos, como: conversas, toques físicos e dor.

A condição mais grave, chamada coma irreversível ou Estado Vegetativo Persistente (EPV), provoca um coma profundo e prolongado, no qual só estão ativas respostas neurológicas reflexas. Aqui, o paciente já não tem uma vida voluntária, o que pode ser confundido com a morte encefálica.

Estudos científicos apontam que pacientes em coma induzido, devido à intubação, ao ouvirem gravações de familiares, apresentam recuperação mais rápida. Mesmo sedados, eles podem produzir respostas fisiológicas, como alterações na respiração e expressões faciais.

Infelizmente, a morte cerebral não tem cura e é irreversível. Uma vez constatada a morte cerebral, os familiares do paciente são informados e devem tomar a nobre decisão de doar ou não os órgãos do ente querido.

O coma é um rebaixamento profundo do estado de consciência, provocado por um dano grave no cérebro, que pode ter sido causado por um ferimento, uma hemorragia, uma parada cardíaca, intoxicação por remédios ou álcool, tumores, derrames, entre outros eventos.

O tempo médio entre a internação na UTI e a entubação foi de 0,00+1,90.

De acordo com um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), é possível utilizar eletrodos que, ao aplicar choques em uma região específica do cérebro que está associada à consciência humana, poderia fazer com que alguém acordasse de um coma profundo.

“Quem está em coma Glasgow 3, tem um coma que não responde a nenhum estímulo. O estágio mais profundo do coma, normalmente implica lesão neurológica muito grave”, explicou.

Terry Wayne Wallis, de 53 anos, morreu nesta segunda-feira (4) em Arkansas, nos Estados Unidos. Ele ficou em coma por 20 anos, após sofrer um acidente de carro quando tinha 19. Wallis ficou conhecido por acordar do coma de repente, em 2003, para dizer “mãe”, com quem tinha uma relação muito próxima.

Um caso famoso foi o de Terry Wallis, um americano que se envolveu num acidente de carro quando tinha 19 anos e que "acordou do coma" após passar 19 anos em estado quase vegetativo. A recuperação foi tão impressionante que os médicos consideram a possibilidade de ter havido um renascimento de tecidos cerebrais.

Em situações mais graves, quando as células nervosas sofreram danos muito grandes e morrem maciçamente, o indivíduo pode entrar em estado vegetativo persistente ou até mesmo ter uma morte cerebral. "No estado vegetativo, a pessoa pode voltar a abrir os olhos, mas não tem nenhuma percepção ou troca com o meio.

“Os pacientes com muito tempo de ventilação mecânica precisam de um cuidado fisioterápico importante, porque acabam perdendo massa muscular, têm predisposição à pneumonia, insuficiência renal, problemas relacionados à fibrose pulmonar, além de maior chance de ter escara”, explica.

A principal diferença entre coma e estado vegetativo se encontra no fato de que uma pessoa em coma não acorda, não movimenta os olhos e não realiza os movimentos involuntários realizados por uma pessoa em estado vegetativo como bocejar, produzir pequenos sons ou até mesmo respirar.