Qual o significado das cores dos lenços gaúchos?

Perguntado por: agalvao . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Existem distinções de cores para os lenços gaúchos, como por exemplo: lenço preto significa luto, lenço vermelho significa Maragato e lenço branco significa Chimango. E como o lenço Carijó é uma estampa com xadrez miúdo e duas cores, ele representa a neutralidade política.

O lenço de cor branca identificava os chimangos. O lenço de pescoço é um dos símbolos mais fortes do gaúcho, seu orgulho e sua honra. Muitas vezes foi também símbolo político.

Chimangos: é o apelido pelo qual eram chamados uma das duas correntes inicialmente havidas no Brasil, durante o período regencial, e que apoiava o governo, formavam o partido Moderados e sofria a oposição dos exaltados, também chamados jurujubas ou farroupilhas o lenço de cor branca os identificava.

O lenço vermelho identificava o Maragato. O lenço branco identificava o Pica-Pau e o Ximango (Situação).

O Lenço Verde (Argentina, 2003), é um símbolo da luta pelo direito ao aborto que foi criado na Argentina. Em 2018, tornou-se popular em toda a América Latina e 4 anos mais tarde nos Estados Unidos da América. Teve como inspiração o lenço branco usado pelas Mães da Praça de Maio.

“O ideal de Rio Grande do Sul se reporta ao século XIX, quando os primeiros memorialistas começam a narrar que lugar é esse, e aí vai se criar todo um mito de quem é o gaúcho, que aqui no Rio Grande do Sul não tem traços negros e indígenas, ele é um homem branco do campo.

O lenço preto significa o luto, uma vez que, durante as revoluções os soldados não podiam deixar de guerrear pela morte de um parente ou ente querido, por isso, atavam um lenço preto em seu pescoço e seguiam a cumprir sua sina.

Protegendo a cabeça, bochechas e pescoço do Sol quente do dia e a noite as orelhas do orvalho e do frio. Essa forma de utilizar era bem comum entre os tropeiros e birivas, pois sempre estavam viajando no tempo e precisavam de proteção.

O lenço amarelo, é um símbolo considerado importante para os desbravadores.

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O ano de 1923 começou com mais um entrevero de Chimangos, de lenço branco, contra os Maragatos, de lenço vermelho. Eles se engalfinharam para saber quem mandaria no estado. Na verdade, não era uma disputa pelo poder político e sim razões econômicas e sociais que determinaram a Revolução de 23.

Na Revolução de 1923 desencadeada contra a permanência de Borges de Medeiros no governo do estado, novamente a corrente maragata rebelou-se, liderada pelo diplomata e pecuarista Assis Brasil. Seus antagonistas que detinham o governo, eram chamados no Rio Grande do Sul, de Ximangos, comparando-os a ave de rapina.

O outro grupo era federalista, também chamado de maragatos, e tinha Gaspar Silveira Martins como líder. Esse grupo defendia a descentralização do poder e a implantação do parlamentarismo, nos moldes do Segundo Reinado.

Descontentes com este governo, um grupo denominado de Federalistas (também chamados de maragatos), contrários ao sistema presidencialista, queria a formação de um governo parlamentarista, com mais autonomia dos Estados Nacionais.