Qual o significado da presença de bastonetes de Auer nos blastos?

Perguntado por: aalmada . Última atualização: 19 de maio de 2023
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A presença de bastões de Auer é patognomônica de diferenciação mieloide dos blastos leucêmicos. São encontrados principalmente na Leucemia Promielocítica, também chamada de LMA-M3 pela classificação FAB.

O diagnóstico é feito quando se observam mais de 20% de blastos na MO conforme os critérios da Organização Mundial da Sáude (Jaffe et al, 2001) ou, menos que esta porcentagem de blastos, em casos em que há alterações genéticas definidas (por ex: translocação 8;21 ou rearranjo gênico AML1/ETO).

A porcentagem de blastos na medula óssea ou sangue é particularmente importante. Para o diagnóstico de leucemia mieloide aguda é necessário ter, pelo menos, 20% de blastos na medula óssea ou no sangue.

Em circunstâncias normais, os blastos nunca são mais do que 5% das células da medula óssea. Entretanto, às vezes são necessários outros exames de laboratório para ter um diagnóstico definitivo. Citoquímica.

Nos casos positivos de leucemia, o resultado do hemograma apresenta alterações na contagem de plaquetas e valores dos glóbulos brancos e vermelhos. No entanto, outras análises laboratoriais como exames de bioquímica e coagulação devem ser realizados para confirmar tal alteração.

Os principais sintomas da leucemia são anemia, cansaço, palidez e fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem de plaquetas, infecções persistentes, febre, hematomas, sangramentos espontâneos, aumento do baço e fígado ou manchas vermelhas na pele, que podem ser característicos em diversas outras doenças.

Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões.

Considera-se valores normais entre 0,75:1 e 2,0:1, porém, estes valores podem variar de 0,6:1 a 4,4:1.

Acima de 30% das células são blastos mieloides (mieloblasto ou promileocito) e acima de 50% são blastos da série vermelha (eritroblastos).

O processo para identificar a doença começa com a realização de um hemograma (tipo de exame de sangue), que permite saber se o paciente apresenta diminuição de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas e se as células leucêmicas já estão circulando no sangue do paciente.

LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA HEMOGRAMA COMPLETO, COM DIFERENCIAL
Pessoas com LMA podem apresentar: Baixo número de células vermelhas. Baixo número de plaquetas. Um número elevado de glóbulos brancos (muitos imaturos que não são encontrados normalmente no sangue periférico)

Os exames de laboratório comumente utilizados para diagnosticar a leucemia mieloide crônica são: Hemograma completo. Esse exame mede os níveis de diferentes células sanguíneas que ajudam no diagnóstico da leucemia.

São três os estadiamentos: Estágio Binet A – Menos de três áreas de tecidos linfoide aumentados, sem anemia ou trombocitopenia. Estágio Binet B – Três ou mais áreas de tecido linfoide aumentados, sem anemia ou trombocitopenia. Estágio Binet C – Anemia e/ou trombocitopenia presentes.

A presença de mais de 20% de blastos no sangue periférico é diagnóstico de leucemia aguda, porém uma baixa contagem de blastos não a exclui. O primeiro passo na análise é examinar as características específicas das linhagens dos blastos, ou seja, se são de origem mieloide ou linfoide.

Leucemia e mielofibrose são duas neoplasias que possuem diversas diferenças por conta das características genéticas de cada uma delas. Inclusive, há diferenças significativas entre os pacientes da mesma patologia. Ou seja, nem sempre duas pessoas com mielofibrose, por exemplo, têm a doença com aspectos idênticos.

Níveis elevados de hemácias indicam policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia. Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo.