Qual o risco de engravidar com o tumor na hipófise?

Perguntado por: operalta . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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A infertilidade é comum em pacientes portadoras de adenomas de hipófise. O eixo gonadotrófico é frequentemente comprometido, seja pelo efeito de massa tumoral dos macroadenomas ou pela supressão funcional secundária à hiperprolactinemia ou ao hipercortisolismo, independentemente das dimensões tumorais.

A prolactina é um hormônio importante para a fertilidade, ele é responsável pela produção do leite materno através das glândulas mamárias, além disso, contribui para o equilíbrio do sistema reprodutivo. Porém, quando existem taxas elevadas de prolactina (hiperprolactinemia), esse hormônio pode dificultar a gravidez.

Sim, desde que seja considerado incapacitado temporariamente para o trabalho. Não há carência para o doente receber o benefício, desde que ele seja segurado do INSS. A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela perícia médica do INSS.

Os tumores de hipófise podem ser tratados com medicamentos, cirurgia ou ambos. “A cirurgia, na maioria dos casos, é indicada para os casos de tumores grandes, com compressão de estruturas vizinhas”, explica a médica.

Se a cirurgia provocar danos às grandes artérias, ao tecido cerebral próximo ou aos nervos próximos da hipófise, em casos raros pode resultar em dano cerebral, acidente vascular cerebral ou problemas de visão.

Não use cabergolina caso deseje amamentar seus filhos, pois o uso do medicamento previne a lactação (amamentação). Em caso de falha da inibição ou da supressão da produção de leite não amamente o seu bebê.

Pacientes que precisam do medicamento Cabergolina, usado para o tratamento de tumores na hipófise, estão há três meses sem receber o remédio. A falta da medicação coloca em risco a qualidade de vida dessas pessoas, que podem perder a visão.

Os eventos adversos mais comuns relatados em ordem decrescente de frequência foram: náusea, cefaleia, tontura/vertigem, dor abdominal/dispepsia/gastrite, astenia/fadiga, constipação, vômitos, dor no peito, rubores, depressão e parestesia.

Em alguns casos a disfunção da prolactina pode ser tratada por meio de medicamentos. Caso o nível do hormônio seja estabilizado, as mulheres que se encontram ainda em idade fértil, podem ter as funções ovarianas retomadas, assim como as menstruações e a fertilidade.

Valores acima de 100 ng/mL sugerem o quadro de prolactinoma (tumor da hipófise).

São considerados valores normais até 20 ng/mL em homens e 30 ng/mL em mulheres não grávidas. Valores abaixo de 25 ng/mL costumam excluir a hiperprolactinemia. O estresse da punção venosa pode causar pequenos aumentos de prolactina (em geral abaixo de 40 ng/ml).

Os tumores que crescem muito também podem comprimir e destruir o tecido da hipófise normal, provocando a falta de um ou mais hormônios. Dependendo de quais hormônios sejam afetados, os sintomas podem incluir: Cansaço ou fraqueza. Perda de peso ou ganho de peso inexplicada.

O aumento da prolactina, por exemplo, costuma provocar alterações no fluxo menstrual (aumento, diminuição ou mudanças na aparência) ou amenorreia (atraso ou interrupção temporária da menstruação). Esse distúrbio acomete apenas de 2% a 4% das mulheres normais, mas afeta de 3% a 66% das atletas.

O que causa tumor na hipófise? O tumor na hipófise pode ser considerado esporádico, pois não possui uma causa definida e não segue um padrão de aparecimento. Contudo, existem estudos que comprovam que este tumor pode estar associado a síndromes genéticas, conhecidas como Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 1 (NEM1).

Ainda de acordo com o médico, entre dez a 15 pessoas por ano necessitam desse tipo de cirurgia que, quando realizada por hospitais particulares, chegam a ter um custo que oscila de R$ 10 mil a R$ 20 mil.