Qual o problema que o paradoxo do estádio revela?

Perguntado por: rgoulart5 . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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É impossível atravessar o estádio; porque, antes de se atingir a meta, deve primeiro alcançar-se o ponto intermédio da distância a percorrer; antes de atingir esse ponto, deve atingir-se o ponto que está a meio caminho desse ponto; e assim ad infinitum.

O PARADOXO DE AQUILES E A TARTARUGA
Aquiles nunca pode alcançar a tartaruga; porque na altura em que atinge o ponto donde a tartaruga partiu, ela ter-se-á deslocado para outro ponto; na altura em que alcança esse segundo ponto, ela ter-se-á deslocado de novo; e assim sucessivamente, ad infinitum.

Com isso, ele quis demonstrar a inexistência do movimento bem como do espaço, do tempo e da velocidade. A partir da lógica, ele comprovou o equívoco das coisas, o que nos leva a uma conclusão errônea, que por sua vez, parece ser verdadeira. Ou seja, a ilusão geraria esse pensamento errôneo sobre o mundo.

Paradoxo é uma figura de pensamento responsável por contrastar uma ideia. Trata-se figura de linguagem com conceitos amplos que abarcam diferentes áreas do conhecimento. Paradoxo, também conhecido como oximoro, é uma figura de pensamento responsável por contrastar uma ideia.

Exemplos de frases com paradoxo
Já estou cheio de me sentir vazio. (Renato Russo) A novidade que seria um sonho/O milagre risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho. (Gilberto Gil)

O arqueiro: nesse paradoxo, Zenão afirma que uma flecha atirada por um arqueiro jamais alcançaria o alvo. Isso se daria por dois motivos: entre o arqueiro e o alvo, existe um espaço que, na teoria matemática de Zenão, poderia ser dividido infinitas vezes, tendo infinitos espaços a serem percorridos.

O paradoxo é uma figura de linguagem ou figura de pensamento. É chamado também de oximoro ou oxímoro, e consiste na expressão de uma ideia contrastante, isto é, em que há oposição, além de conter em si uma contradição, uma incoerência, por apresentar elementos que se contradizem.

O paradoxo socrático é um problema de origem epistêmica, que curiosamente não foi aparentemente, percebido por seus interlocutores nos diálogos. Em vários diálogos, Sócrates apresenta uma posição aparentemente inconsistente, essa inconsistência é formada pela afirmação de duas ideias que parecem ser contraditórias.

Estima-se que esse filósofo, da era pré-socrática, tenha desenvolvido cerca de 40 paradoxos, mas apenas 8 deles sobreviveram aos tempos atuais. Seus argumentos eram todos no sentido de provar que o universo seria único, imutável e imóvel.

Retomando as discussões dos primeiros filósofos, Empédocles concordava que a Natureza possuía uma só origem, mas inovou ao pensar essa origem não apenas derivada de um princípio único, mas sim composta de quatro raízes fundamentais: terra, fogo, ar e água.

Zenão defendeu a mesma arché de Parmênides: o ser racional e imutável.

Seus pensadores defendiam a existência de uma realidade única, por isso ficaram conhecidos também como monistas, em oposição ao mobilismo (de Heráclito, principalmente, que acreditava na existência da pluralidade do real).

“Não importa por onde eu comecei, pois para lá eu voltarei sempre.” “O ser é imóvel porque se se movesse poderia vir a ser e então seria e não seria ao mesmo tempo.” “O pensamento e o ser são a mesma coisa”. “A linguagem é a etiqueta das coisas ilusórias.”

Consta que teria participado de uma conspiração contra o tirano local, sendo preso e torturado até à morte. Considerado por Aristóteles como o criador da dialética.