Qual o problema da alfabetização no Brasil?

Perguntado por: hmaciel . Última atualização: 2 de maio de 2023
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Além da evasão e daqueles que nem se matriculam, outro problema é a falta de engajamento. “Se considerarmos ainda a reprovação, resultado do não engajamento nas atividades escolares, concluímos que há 2,8 milhões de jovens que não concluem a série por falta de engajamento”.

De acordo com os resultados, identificaram-se como principais dificuldades no processo de alfabetização apontadas pelos docentes a falta de apoio familiar, a quantidade excessiva de alunos nas turmas e a distorção idade-série, consequência da reprovação.

Pessoas que têm um nível insuficiente de alfabetização ficam à margem da sociedade, possuem menos oportunidades, profissionais ou pessoais e não têm acesso aos seus direitos. O analfabetismo exclui uma parcela da população do acesso às informações mais básicas.

Foi apontado pelos professores vários motivos que levam ao fracasso escolar: desinteresse por parte do professor, falta de acompanhamento da família, problema com a metodologia utilizada, desinteresse por parte do aluno, desrespeito com a singularidade, qualidade de vida e, problemas cognitivos do aluno.

Como a história nos ensina, para que um país supere o analfabetismo de jovens e adultos são necessárias três estratégias: programas de escolarização, uma educação básica de qualidade e condições sociais adequadas. A primeira estratégia é a mais fácil de ser compreendida.

Sabemos atualmente que a alfabetização envolve dois processos: compreender a natureza do sistema alfabético de escrita e sua organização e compreender o funcionamento da linguagem escrita, suas características específicas, suas diferentes formas e gêneros.

Os estudantes com defasagem de aprendizado podem ter a sua autoestima prejudicada, o que acarreta em questões comportamentais e até mesmo falta de interesse pelo ambiente escolar. Em alguns casos, essa falta de interesse é tanta que faz com que o aluno abandone a escola, aumentando dessa maneira a evasão escolar.

Os resultados indicam que as dificuldades de aprendizagem estão relacionadas diretamente com o ambiente familiar desestruturado, condições precárias de vida, insucesso social, fatores culturais, problemas emocionais e condições de saúde.

Quais são os principais transtornos de aprendizagem?

  • dificuldade para reconhecer palavras;
  • inversão de letras;
  • dificuldade em memorizar palavras e sons;
  • lentidão para ler e escrever;
  • dúvidas relacionadas à ortografia.

Déficit de Atenção, concentração, memória, raciocínio lógico. Dificuldades de leitura e escrita. Discalculia.

A alfabetização reorganiza o cérebro mesmo quando a pessoa aprende a ler já adulta. Cientistas compararam a atividade cerebral de analfabetos com a de alfabetizados e verificaram que aprender a ler altera funções do córtex.

O que é alfabetização? De forma resumida, a alfabetização consiste no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, utilizadas como parte da comunicação do indivíduo com o mundo. Na vida da criança, é um marco para sua expressão individual e compreensão das inúmeras informações que recebe.

Muitos alunos não aprendem por falta de responsabilidade, e os demais não precisam ouvir sermão junto com eles. Professores estressados também não ajudam muito. Às vezes os alunos não aprendem porque têm preguiça de estudar, e outras vezes pelo tipo de aula de alguns professores.

Em sala de aula, desenvolver trabalhos e atividades pautados na colaboração é uma prática bastante rica para o alfabetizar letrando, haja vista que a cooperação entre as crianças é um meio eficaz para favorecer a troca de experiências e a discussão em contextos reais sobre práticas de leitura e escrita.

Assim, fatores extraescolares, intraescolares, biológicos e psicológicos podem ser os responsáveis pelo insucesso escolar. O presente estudo objetiva identificar por meio de uma pesquisa bibliográfica, os fatores do cotidiano escolar que contribuem para existência do fracasso escolar na educação brasileira.

“Há, no Brasil, uma naturalização do fracasso escolar, fazendo com que a sociedade aceite que um perfil específico de estudante passe pela escola sem aprender, sendo reprovado diversas vezes até desistir. Essa situação já existia em 2019 e se agravou com a pandemia.

Para mudar a realidade do cotidiano escolar quanto ao insucesso escolar, cabe ao professor e a escola adotarem uma postura crítico-reflexiva ao lidar com os alunos e, em especial, os educandos com uma trajetória marcada pelo insucesso escolar.