Qual o papel dos negros na sociedade colonial brasileira?

Perguntado por: ucarvalho . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Durante o período colonial, aproximadamente 4,6 milhões de africanos foram trazidos para o Brasil para servirem na condição de escravos, trabalhando primeiramente em lavouras de cana-de-açúcar e no serviço doméstico, e posteriormente na mineração e em outras lavouras.

Os escravos eram trazidos ao Brasil em embarcações conhecidas como navios negreiros e em condições extremamente precárias. Era comum que metade dos cativos trazidos morresse durante a viagem em razão dessas más condições.

A sociedade colonialista era totalmente escravista e a economia latifundiária e baseada na monocultura. A cana-de-açúcar ocupava o posto de produto mais produzido, sendo o “carro-chefe” das grandes propriedades.

Os africanos foram trazidos para trabalhar num dos ramos mais avançados da indústria ocidental no século XVI: a indústria açucareira. A mão-de-obra escrava foi empregada em atividades que exigiam trabalho qualificado.

O uso de escravos tinha até mesmo uma grande importância social ao conceder mais tempo para que os homens livres tivessem tempo para participar das assembléias, dos debates políticos, filosofar e produzir obras de arte.

No início da colonização, a mão-de-obra escrava proporcionou lucros que foram fundamentais para a ocupação e defesa do território brasileiro por parte dos portugueses. A importância dos lucros ainda se mantém com a descoberta do ouro, apesar da dinâmica da escravidão ter sofrido algumas alterações.

A escravidão em território brasileiro provocou mazelas na cultura brasileira até hoje ressentidas. O trauma da escravidão, cuja permanência aqui foi verificada por quase dois séculos, em muito influenciou para a formação da denominada “brasilidade”, para a formação do povo brasileiro.

A importância da cultura na sociedade
Como já mencionado, a cultura é o que cria a nossa identidade, compõe o nosso sujeito, grupos de pessoas e norteia as próximas gerações. Podemos afirmar que, para criar a cultura há uma somatória de gostos, hábitos, crenças e outros costumes.

A vida de um escravo era dura e era marcada pela violência dos senhores e das autoridades coloniais. A jornada diária de trabalho poderia se estender por até 20 horas por dia e o trabalho no engenho era mais pesado e perigoso que trabalhar nas plantações.

Inicialmente foram escravizados apenas os indígenas; depois, os africanos, que logo se tornaram majoritários. Trazidos pelo tráfico negreiro – que dava enorme lucro à metrópole –, os negros, assim como os índios, eram mantidos subjugados mediante uma política desumana de repressão e controle.

Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.

A Colonização foi o período em que o governo português instalou parte do seu reino no Brasil. A principal motivação foi a de proteger a terra recém-descoberta dos interesses de outros países. Além disso, havia a pretensão de civilizar, dominar e explorar o país.

Os principais grupos sociais do Brasil colônia são: os grandes propri- etários de terras, os comerciantes atacadistas, os trabalhadores livres assala- riados e os escravos.

Os senhores de engenho detinham posição mais vantajosa. Possuíam, além de escravos e terras, o engenho.

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

ALÉM DISSO, OS NEGROS NOS ENSINARAM A FAZER VATAPÁ, CARURU, MUNGUNZÁ, ACARAJÉ, ANGU E PAMONHA. FORAM OS NEGROS TAMBÉM, QUE NOS ENSINARAM A FAZER PRATOS COM CAMARÃO SECO E A USAR PANELAS DE BARRO E A COLHER DE PAU. OS RECURSOS NATURAIS SÃO ESSENCIAIS PARA A MANUTENÇÃO DA VIDA, POIS SUPREM AS NECESSIDADES HUMANAS.