Qual o papel da filosofia para ultrapassar o senso comum?

Perguntado por: oantunes . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Resposta: A filosofia pode superar o senso comum instigando os indivíduos a conhecerem a si mesmos e a sociedade que os rodeiam investigando as coisas ao seu redor e se valendo de outros conhecimentos, como o científico por exemplo.

A Filosofia permite ao ser humano compreender melhor a si mesmo, a sociedade e o mundo que o cerca, estimulando uma maior autonomia do pensar, agir e se comportar. A partir dela, e ao longo de séculos, foram e são fundamentados projetos, pesquisas, produções científicas, artísticas e culturais.

A mitologia, o senso comum, as religiões, a filosofia e a ciência possuem uma mesma finalidade: organizar informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e às coisas. Em outras palavras, essas diferentes áreas são produtoras de conhecimento.

O senso comum fundamenta diversos preconceitos que possuem suas raízes em questões culturais. Apresenta como justificativa o próprio hábito. O conhecimento filosófico, por sua vez, é um conhecimento lógico, possui um método e se sustenta por uma teoria.

Ela basicamente nos ajuda a entender a realidade, através de questionamentos e críticas, além de transformar nosso conhecimento passivo em ativo (“saber pelo saber”).

O senso comum contribui para que a ciência progrida. A partir de problemas do cotidiano das pessoas, surge a necessidade de pesquisar, de aprofundar interpretações dos achados e propor soluções para superar as dificuldades enfrentadas pela população.

Exemplos de senso comum
Deixar as sandálias de cabeça para baixo ou abrir o guarda-chuva dentro de casa é um sinal de mau agouro; Cortar os cabelos na lua crescente para que cresçam mais rápido; Usar cores relacionadas a desejos na passagem do ano novo.

Características do senso comum
O filósofo italiano Antonio Gramsci (intelectual contemporâneo que contribuiu para a disseminação do anarquismo na Itália e, no campo filosófico, dedicou-se a entender o conhecimento e a cultura) estudou e escreveu sobre o senso comum.

Ela promove a atenção sobre tudo que é essencial e que passa despercebido: as relações, o diálogo, o questionamento sobre o cotidiano, o belo, bom e justo, o pensamento, as virtudes éticas, por exemplo, e o compromisso indispensável com a busca do conhecimento, que fundamenta os saberes e jamais fica nas opiniões, na ...

Além da docência, o filósofo pode atuar em diversos campos como assessoria de Organizações não-governamentais (Ongs), veículos de comunicação de massa, consultoria de recursos humanos e palestrante motivacional. Outra área de atuação é a Filosofia Clínica, ainda pouco explorada.

Ela coloca em prática a dúvida sistemática, por meio do questionamento e autoquestionamento, possibilita a construção do diálogo e a investigação científica, pois estimula a curiosidade e a descoberta de novas ideias, e estimula as habilidades do futuro, como o pensamento crítico (que a partir da dúvida permite ...

São duas formas de conhecimento bastante distintas, tendo em vista que, enquanto o conhecimento científico apoia-se na experimentação dos fenômenos para a verificação da verdade, o senso comum toma frequentemente como base as crenças e os hábitos de um determinado povo ou de uma determinada sociedade.

O senso comum é um tipo de conhecimento popular, adquirido pela observação e pela repetição e não foi testado metodicamente. O conhecimento cotidiano, não refletido e não testado, que adquirimos por meio da repetição das experiências e da cultura, de geração a geração, é conhecido como senso comum.

O senso comum diz respeito a um conhecimento popular (ou empírico) que se pauta nas experiências pessoais e é transmitido de uma geração para a outra.

A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. A filosofia vai além daquilo que é, para propor como poderia ser. E, portanto, indispensável para a vida de todos nós, que desejamos ser seres humanos completos, cidadãos livres e responsáveis por nossas escolhas.

São quatro estes requisitos: rigorosidade, criticidade, totalidade e radicalidade. Estas quatro características ou requisitos formam a condição de possibilidade da filosofia. Vejamos então um pouco mais detalhadamente cada uma destas características.

A Filosofia é a ciência que estuda as questões fundamentais sobre a existência, o conhecimento, valores, a razão e as mais diversas linguagens humanas. É uma ciência que se empenha em explicar o ser humano e suas obras a partir de aspectos culturais e intelectuais que o rodeiam.