Qual o país com a maior desigualdade social do mundo?

Perguntado por: etavares . Última atualização: 7 de maio de 2023
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África do Sul

A África do Sul é o país mais desigual do mundo e o aspecto racial é um dos fatores determinantes, em uma sociedade onde 10% da população detém mais de 80% da riqueza, segundo um relatório do Banco Mundial publicado nesta quarta-feira (9).

Considerando os países latino-americanos, o país está na 10ª colocação atrás do: Chile, Argentina, Costa Rica, Uruguai, Panamá, República Dominicana, Cuba, Peru e do México. Suíça, Noruega e Islândia estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul, Chade e Níger seguem com os piores registros de desenvolvimento humano.

Os países menos desiguais em todo o mundo, conforme as medições do coeficiente de Gini, são Hungria (0,244), Dinamarca (0,247) e Japão (0,249). Em situação alarmante, além do Brasil e dos demais países mencionados, destacam-se a África do Sul (0,593) e a Namíbia (0,707).

Burundi

1 – Burundi
O Burundi é considerado um dos países mais pobres do mundo devido a uma combinação de fatores, como a falta de recursos naturais, conflitos étnicos e políticos, além de um setor industrial pouco desenvolvido.

Os dados indicam que os 10% mais ricos no Brasil, que em 2019 concentravam 58,6% de toda a renda nacional, agora detém 59% dos ganhos. Já a metade da população mais pobre era responsável por 10,1% da renda brasileira e agora representa uma fatia de apenas 10%.

O Brasil vem de uma construção escravocrata, onde algumas pessoas valiam mais que as outras. Isso se reflete até hoje.” Além disso, outras questões importantes que explicam a extrema desigualdade brasileira, além do racismo estrutural, são as desigualdades de gênero e de renda, explica Katia Maia.

A Venezuela aparece no topo da lista, com índice de 0,41, ligeiramente acima de Estados Unidos e Portugal, o mais desigual da zona do euro, ambos com 0,38.

Em todos os cinco municípios mais pobres a renda média da população está abaixo de R$ 40 por mês. Os habitantes de Matões do Norte (MA), cidade que lidera essa lista, recebem R$ 27,17 por mês. Segunda colocada no ranking, Aroeiras do Itaim (PI) tem renda média de 30,48, seguida por Primeira Cruz (MA), com R$ 34,97.

Maranhão é o estado

Maranhão é o estado mais pobre do Brasil em relação ao índice de desigualdade social, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que a renda per capita é inferior a R$ 255,00 mensais.

Os nove estados que ainda tiveram taxas de pobreza acima de 50%, mesmo com a redução frente a 2021, foram os seguintes: Maranhão (58,9%), Amazonas (56,7%), Alagoas (56,2%), Paraíba (54,6%), Ceará (53,4%), Pernambuco (53,2%), Acre (52,9%), Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%).

Paraíba

Na Paraíba, estado mais desigual do Brasil, rendimento médio do 1% mais rico é 345 vezes o dos 5% mais pobres. lém de coletar dados sobre os rendimentos dos brasileiros em 2022, a última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mediu a desigualdade no país.

A desigualdade mostrada pelo relatório pode ser explicada por uma série de fatores, segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. Três deles, contudo, são determinantes para que o país permaneça numa posição negativa nos próximos anos: o racismo, a questão de gênero e a tributação de impostos.

Os noruegueses lideram o Índice de Bem-Estar mais recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) e ocupam o segundo lugar no Índice de Mobilidade Social 2020 do Fórum Econômico Mundial (FEM), que leva em conta proteção social e distribuição justa de salários.

São José do Hortêncio

Divulgado pela revista Exame, o ranking do índice de Gini apontou São José do Hortêncio como a cidade com menor desigualdade social do país. Completam o ranking os municípios de Alto Feliz (3º), São Vendelino (4º), Vale Real (5º), Santa Maria do Herval (6º), Campestre da Serra (7º), Tupandi (8º) e Morro Reuter (10º).

As regiões com maiores desigualdades sociais no mundo são a África e o Oriente Médio. Na Europa, a renda dos 10% mais ricos representa cerca de 36%% do total, enquanto no Oriente Médio e Norte da África, ela atinge 58%, número similar ao do Brasil.

Mary Myaluak Gai tinha 13 anos quando seu pai decidiu, sem sequer questioná-la minimamente, dá-la em casamento a um tio. A menina se recusou, mas a família a entregou assim mesmo ao homem, que, em primeiro lugar, decidiu estuprá-la. Mary vivia no Sudão do Sul e não tinha escolha senão fugir.

Mas, quando o ano acabar, o primo mais pobre dos latino-americanos será a Venezuela. Segundo projeções do FMI, o país de 28 milhões de habitantes, com uma das maiores reservas petrolíferas do mundo, terminará o ano com a menor renda per capita da região: US$ 1.627 – atrás do Haiti, com US$ 1.690.

São Paulo

São Paulo, o município mais rico do Brasil.

Entre o 1% mais rico da população, a renda média mensal per capita foi de R$ 17.447 em 2022, queda de 0,3% ante 2021.