Qual o mito das 3 raças?

Perguntado por: erodrigues . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O mito das três raças trata-se de uma noção desenvolvida tanto no senso comum quanto em obras de autores como Darcy Ribeiro que afirma que a cultura e a sociedade brasileiras foram constituídas através de influências culturais de três raças: a europeia (i.e. portuguesa), a africana e a indígena.

Para o IBGE a regra é como a pessoa se vê, é ela quem diz qual é a própria raça. São cinco opções: branca, preta, parda, indígena ou amarela, que no caso são descendentes de asiáticos, como japoneses, chineses ou coreanos.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua 2022, 42,8% dos brasileiros se declararam como brancos, 45,3% como pardos e 10,6% como pretos.

A definição de raças humanas é principalmente uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e origem social ganham sentidos, valores e significados distintos. As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e, em algumas culturas, genética.

Caboclo, mameluco, cariboca ou curiboca é o mestiço de branco com índio. Também era a antiga designação do indígena brasileiro.

Os índios são como nos referimos aos povos originários que habitavam no território nacional antes da chegada dos portugueses, em 1500.

Porém, dentre todos esses povos, pode-se destacar três nações que foram fundamentais na origem do povo brasileiro: os indígenas, os portugueses e os africanos. Durante vários anos, os costumes, as línguas, crenças e formas diferentes de viver desses três povos foram se misturando e formando a base de nossa cultura.

A distribuição dos principais grupos étnicos pelo território nacional é uma consequência do povoamento das regiões do país. A região Sul teve os europeus como principais povos ocupantes do território; na Amazônia, predominam os descendentes indígenas; os afro-descendentes são maioria no Nordeste brasileiro.

A “cor ou raça/etnia” faz parte das características das pessoas assim como sexo e idade. Desde os anos 90, praticamente todos os levantamentos oficiais coletam este dado, de acordo com o sistema classificatório do IBGE, no entanto, ainda há controvérsias e equívocos nessa coleta.

A ancestralidade europeia predomina na população brasileira como um todo, em todas as regiões do Brasil, de acordo com a grande maioria de todos os estudos autossômicos realizados cobrindo toda a população, representando de 62% a 77% da ancestralidade da população brasileira.

A maior porcentagem foi verificada no Rio Grande do Sul (64,5%) e a menor na Paraíba (12,1%).

O Brasil é provavelmente o país com maior miscigenação no mundo.

A denominação “amarela” se refere aos descendentes de japoneses, chineses, taiwaneses, coreanos e outros grupos cujas famílias saíram do Leste Asiático para o Brasil.

Raça é uma construção social, que carece de fundamentos biológicos e científicos, mas é efetiva para a categorização das pessoas em determinados contextos sociais, como é no Brasil, onde a classificação por cor é, para raça, um tropo, uma forma específica de metáfora.

Pardo é uma pessoa com diferentes ascendências étnicas e que são baseadas numa mistura de cores de peles entre brancos, negros e indígenas. Essa miscigenação engloba: Descendentes de negros e brancos. Descendentes de negros com indígenas.