Qual o mecanismo de ação dos agonistas alfa 2 adrenérgicos?

Perguntado por: ealves . Última atualização: 19 de maio de 2023
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O mecanismo de ação em destaque dos fármacos agonis- tas alfa-2 adrenérgicos é a diminuição da concentração de catecolaminas circulantes, como a noradrenalina, em até 90%, assim como a redução da excitação do sistema nervoso central.

Os agonistas alfa-2 adrenérgicos são um grupo de medicamentos que podem prevenir o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca durante a cirurgia. Assim, esses medicamentos também poderiam proteger o coração do estresse cirúrgico.

Os agonistas dopaminérgicos (AD) exercem seu efeito através da estimulação dos receptores dopaminérgicos localizados no neurônio pós sináptico. Por terem essa ação direta sobre o receptor não necessitam ser metabolizados previamente para atuarem como a levodopa.

Mecanismos de ação dos betabloqueadores
Os betabloqueadores agem bloqueando os receptores beta-adrenérgicos, inibindo as respostas cronotrópicas, inotrópicas e vasoconstritoras causadas pelas catecolaminas, epinefrina e norepinefrina.

Os receptores adrenérgicos ou adrenorreceptores pertencem à classe de receptores ligados à proteína G e que são alvos das catecolaminas. Os receptores adrenérgicos são ativados por seus ligantes endógenos, as catecolaminas: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina).

Assim, quando falarmos de transmissão adrenérgica, teremos a norepinefrina e epinefrina como neurotransmissores que vão se ligar a receptor adrenérgicos teciduais, produzindo seus efeitos pelo corpo.

Os agonistas adrenérgicos
Agonistas adrenérgicos de ação direta: eles atuam diretamente nos receptores adrenérgicos. Temos os fármacos seletivos a receptores e os não seletivos, que se ligam à todos. Agonistas adrenérgicos de ação indireta: eles atuam aumentando a oferta de NE para estimular os receptores adrenérgicos.

Bloqueadores adrenérgicos atuam em receptores beta-adrenérgicos e alfa-adrenérgicos, pré e pós-sinápticos, reduzindo a pressão arterial primordialmente pela diminuição de débito cardíaco como consequência da redução do tônus simpático.

Mecanismo de ação
Como o sistema simpático normalmente controla a pressão arterial, com ações agonísticas sobre receptores alfa, seu bloqueio causa vasodilatação e conseqüente taquicardia reflexa, em resposta à queda de pressão arterial (reflexo barorreceptor).

adrenalina, noradrenalina e dopamina.

Os alfa2-agonistas (p. ex., metildopa, clonidina, guanabenzo e guanfacina) estimulam os receptores alfa2-adrenérgicos no tronco cerebral e reduzem a atividade do sistema nervoso simpático, reduzindo a pressão arterial.

Agonistas e antagonistas
Agonistas ativam receptores que produzem a resposta desejada. Os agonistas convencionais aumentam a proporção de receptores ativados. Os agonistas inversos estabilizam o receptor na sua conformação inativa e agem de forma semelhante aos antagonistas competitivos.

Os medicamentos agonistas ativam ou estimulam seus receptores específicos, desencadeando uma resposta que aumenta ou diminui a atividade da célula.

Por conseguinte, o antagonista bloqueia a ligação do agonista a seu receptor, enquanto mantém o receptor em sua conformação inativa.

Os fármacos que ativam os adrenoceptores são denominados simpaticomiméticos. Alguns simpaticomiméticos ativam diretamente os receptores adrenérgicos (agonistas de ação direta), enquanto outros atuam indiretamente, aumentando a liberação ou bloqueando a captação de norepinefrina (agonistas de ação indireta).