Qual o efeito da nicotina no cérebro?

Perguntado por: arodrigues . Última atualização: 8 de maio de 2023
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A nicotina também ativa áreas do cérebro que são encarre- gadas da produção de sensações de prazer e recompensa. Recentemente, os cientistas descobriram que a nicotina faz elevar os níveis de um neurotransmissor chamado dopamina, nas partes do cérebro que produzem sensações de prazer e recompensa.

No SNC, a nicotina exerce seus efeitos interagindo com nAchRs pré-sinápticos localizados nos terminais dos axônios. A estimulação desses receptores resulta no aumento da liberação de vários neurotransmissores (Picciotto et al., 2000).

Quando uma pessoa fica 48 horas sem fumar a nicotina já não está mais presente em seu organismo, mas os efeitos do tabagismo ainda ficam presentes por muito tempo. Parar de fumar não é fácil. É uma tarefa que exige, antes de tudo, muita força de vontade.

Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue volta ao normal. Entre 2 a 12 semanas, a circulação melhora e a função pulmonar aumenta. Entre 1-9 meses, a tosse e a falta de ar diminuem. Dentro de 5 a 15 anos, o risco de AVC é reduzido ao de um não fumante.

A sensação imediata de relaxamento após fumar é causada pela nicotina. Ela ativa a dopamina, que atua nos centros de prazer do cérebro. Em compensação, a nicotina também atrapalha a liberação da melatonina – hormônio fundamental para o sono – e favorece a adrenalina, que é estimulante.

Na verdade, entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para passar por essa fase. Entre os principais sintomas da abstinência estão: dor de cabeça, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros.

A escolha entre uma das formas de terapia de reposição de nicotina (adesivo e goma de mascar) e bupropiona dependerá da avaliação individual do paciente pelo profissional. Não havendo contra-indicações clínicas, podem ser escolhidos os medicamentos acima, de acordo com a posologia e facilidade de administração.

Pesquisas confirmaram a experiência de minha paciente com os efeitos psiquiátricos positivos da nicotina: foi comprovado que ela melhora a cognição, memória, atenção e humor, além de reduzir a ansiedade.

Apesar da overdose por nicotina ser possível, ela geralmente ocorra em crianças pequenas que acidentalmente mastigam chicletes ou adesivos de nicotina ou engolem líquido de cigarro eletrônico.

A nicotina estimula o SNC. Doses apropriadas causam tremores; entretanto, doses elevadas podem levar a convulsões. A forte estimulação do SNC é seguida de depressão respiratória e, em alguns casos, da morte. A nicotina induz ao vômito por ação central e periférica.

O exame de urina, sangue ou saliva é útil na triagem de tabagismo em candidatos a planos de saúde ou seguro de vida.

A água ajudará a eliminar a nicotina e a amenizar o efeito de desidratação causada pela presença desta substância no corpo.

Há indícios de que ele pode ser ainda mais prejudicial que o cigarro comum, uma vez que nem todas as substâncias que estão contidas na versão eletrônica são conhecidas. Além disso, a comunidade médica tem observado que os vapers vem causando dependência de forma mais rápida e intensa.

Deixar de fumar de repente não é indicado. Mas pior do que deixar de fumar de repente, é continuar a fumar. Estão comprovados todos os prejuízos associados ao tabagismo. Fumar aumenta muito o risco de diversos cancros, nomeadamente o cancro do pulmão, bem como o risco de desenvolver um acidente vascular cerebral.

Mas isso pode ser resolvido se você começar a parar de fumar agora. O risco de desenvolver um câncer de pulmão cai pela metade depois de 10 anos sem fumar. Outra consequência do tabagismo para a saúde do pulmão é o desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A melhor estratégia, no entanto, é marcar uma data e deixar de fumar de forma abrupta, aponta estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicado nesta segunda-feira no periódico científico “Annals of Internal Medicine”.

Fumar camomila, assim como alguns outros produtos, pode ser a chave para abandonar o tradicional cigarro. Isso porque esses compostos têm menos nicotina quando comparados ao cigarro. Alguns têm até um nível zero.

Por ser uma substância psicoativa, a nicotina produz alterações no Sistema Nervoso Central que modificam o estado emocional e comportamental do fumante.

O cigarro torna-se a válvula de escape para a vivência de situações desagradáveis, tornando-as mais toleráveis. A psicóloga destaca ainda que estudos mostram que os fumantes apresentam índices consideráveis de ansiedade e depressão, e usam o cigarro como estratégia de fuga dessas emoções.

Não existe uma quantidade segura de cigarro. O cardiologista e consultor do Bem Estar Roberto Kalil lembra que o cigarro aumenta em 30% o risco de infarto.