Qual o conceito de juízo de valor e juízo de realidade?

Perguntado por: omoreira . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Realmente há muita dificuldade em separar e explicar o que vem a ser juízo de realidade e juízo de valor, porém, basicamente fala-se que juízo de realidade é aquilo que é, o concreto, e o juízo de valor seria aquilo que se pensa.

substantivo masculino Avaliação pessoal e crítica sobre algo ou alguém, tendo em conta a experiência ou a vivência de quem avalia, geralmente expressando um ponto de vista ou uma opinião pessoal que pode ser positiva ou negativa: seu objetivo era apenas registrar um tipo de comportamento sem entrar em juízo de valores.

Para facilitar a compreensão, nos deteremos nos seguintes tipos de juízo: o juízo de fato, o juízo de valor e os juízos kantianos.

Kant chama de juízo a faculdade de unir representações, de unir sujeito e predicado e construir um conhecimento. Porém há duas formas distintas de juízo: os juízos determinantes e os juízos reflexionantes.

Juízo de valor, por sua vez, trata da avaliação criada a partir dos nossos gostos e percepções individuais. Por isso, pode resultar numa avaliação pejorativa e ter por base fatores culturais, sentimentais e ideológicos.

Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização que determinam a forma como estas se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente. Existem diversos tipos de valores: estéticos, religiosos, éticos, profissionais, familiares etc.

Por norma, o juízo de valor é de caráter normativo, ou seja, segue um conjunto de regras que estão predefinidas na sociedade pela moral e a ética. No entanto, a avaliação feita pelo juízo de valor difere-se principalmente do juízo de fato pela sua subjetividade.

A Filosofia não faz juízos de realidade, como a ciência, mas juízos de valor. Isto significa que filosofar é ir além do que é, é buscar entender como deveria ser, julgar o valor da ação, ir em busca do significado Filosofia propriamente surge quando um pensar torna-se objeto de uma reflexão (CUNHA,1992).

Juízo de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e porque são. Em nossa vida cotidiana, os juízos se fato estão presentes.

De forma resumida, as diferenças entre os dois termos são: A moral prevê certo e errado; a ética prevê bem e mal. A moral é uma conduta específica e normativa; valores éticos são princípios, frutos de reflexão sobre ações e normas de conduta. Norma é cultural e temporal; valor é universal e atemporal.

Porque os juízos de valor são normativos??
Porque são capazes de estimular e/ou eliminar certos comportamentos dentro e fora dos grupos sociais. Basicamente, o juízo de valor está relacionado à percepção ou forma como a pessoa enxerga o mundo em que vive.

Quanto aos juízos morais, é correto afirmar:A. Um juízo moral consiste numa descrição de um fato ou uma ação. B. Um juízo moral não está relacionado ao modo com que avaliamos ações ou comportamentos.

Assim, um juízo de valor negativo serve para tentar fazer com que o fato avaliado negativamente deixe de existir. Um juízo positivo, por sua vez, serve para que o fato avaliado positivamente passe a existir ou continue existindo.

E há duas formas de juízo: o juízo analítico e o juízo sintético. Na esteira da teoria de Leibniz, para Kant juízo analítico é aquele em que o conceito do predicado está contido no conceito do sujeito.

Assim sendo, não só o juízo analítico é a priori, o juízo sintético também pode sê-lo, e, inclusive para Kant, o juízo sintético a priori é o juízo mais importante, pois é com ele que opera as ciências, como a física e a matemática.

A partir da teoria de Kant, os objetos são alvo de sensações que geram impressões. Contudo, os objetos precisam existir de forma reconhecível no campo físico para que essas impressões tenham sentido. Por isso, o conhecimento das coisas do mundo é influenciado pela sensibilidade e o entendimento.

No campo da filosofia política Kant apresenta a ideia de Paz Perpétua, como sendo o resultado da história e garantida através da cooperação internacional. Kant defende a existência de Estados organizados pela lei e com a existência de governos republicanos.