Qual mecanismo de ação dos bifosfonatos?

Perguntado por: lmota . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Os mecanismos de ação dos bifosfonatos incluem redução da remodelação óssea e inibição de mediadores da reabsorção, os mesmos mediadores do processo de inflamação. Os bifosfonatos demonstram, analisando-se seus mecanismos de ação, potencial para influenciar no reparo de periodontites.

Como agem os bifosfonatos? Consultório - Além de reduzir o tempo de vida útil e a função dos osteoclastos, interferindo no processo de remodelação óssea, também inibem os mediadores da inflamação, influenciando no reparo das lesões ósseas.

Os bisfosfonatos atualmente registra- dos no Brasil são: alendronato, iban- dronato, risedronato, pamidronato, clodronato e ácido zoledrônico. O etidronato não possui registro vigente no Brasil.

O cálcio, através do carbonato de cálcio, suplementa as necessidades orgânicas, e a vitamina D, auxilia a absorção desse cálcio. O alendronato de sódio é um bisfosfonato que atua como um potente inibidor específico da reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos.

Sim, pode ser associado o bifosfonato (alendronato) para o tratamento de osteoporose de pacientes com uso prolongado (mais de 5 anos) de cálcio e vitamina D.

A droga reduz a reabsorção óssea, estimula a atividade osteoblástica, assim como inibe o recrutamento e promove a apoptose de osteoclastos. A associação entre o uso dos bisfosfonatos e uma forma peculiar de osteonecrose dos maxilares tem sido relatada, principalmente, em pacientes submetidos a exodontias.

MECANISMO DE AÇÃO DOS BISFOSFONATOS
A meia-vida plasmática dos BFs é de aproximadamente 10 anos, e seu uso prolongado pode resultar em acúmulo substancial da droga no esqueleto. Os BFs alteram o mecanismo do tecido ósseo em vários níveis, inibindo a reabsorção e diminuindo o turnover ósseo.

Procedimentos invasivos não são recomendados em pacientes enquanto recebem BFF intravenosos por questões relacionadas com malignidade (Borromeo e col., 2011). Assim sendo, planos de tratamento para realização de implantes em pacientes a tomar bisfosfonatos devem ser meticulosamente considerados.

Há medicamentos que podem interferir negativamente nos tratamentos dentários como os bifosfonatos, os anticoagulantes ou os antiagregantes plaquetários.

Em pacientes com em uso da medicação há mais de quatro anos, deve-se respeitar a orientação de pausa na terapia de 2 meses antes e 3 meses após a intervenção. Outro ponto importante com relação a esses pacientes é o uso de marcadores biológicos da remodelação óssea, como o CTX.

Estes fármacos possuem um tempo de meia vida que podem variar entre meses e anos, desta forma eles atuam e se acumulam em áreas que tem um grande funcionamento na formação e reabsorção óssea, que é o caso dos maxilares.

Os bifosfonatos estão recomendados como tratamento inicial da osteoporose pós-menopáusica em mulheres em risco elevado de fratura,1-3 pela sua favorável relação custo-eficácia. Acumulam-se seletivamente no osso, inibindo a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos,2,4 o que melhora a DMO.

Os bisfosfonatos podem apresentar reações adversas, a maior parte focada no sistema digestivo, tais como náuseas, vômitos, diarréia, esofagite com possível evolução para o aparecimento de úlceras esofágicas, alem de dores ósseas, musculares, articulares e reações alérgicas8.

O Alendronato Sódico não deve ser ingerido à noite, ao deitar, ou antes de se levantar. O não cumprimento dessas instruções pode aumentar o risco de ocorrência de reações adversas esofagianas. Caso a ingestão diária seja inadequada, os pacientes devem receber doses suplementares de cálcio e vitamina D.