Qual mandioca é melhor branca ou amarela?

Perguntado por: ifreitas . Última atualização: 18 de maio de 2023
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A diferença de cor entre os dois tipos, explicou, deve-se ao fato de que a variedade amarela é mais rica em carotenoides – substâncias antioxidantes que, no organismo humano, se transformam em vitamina A.

A mandioca branca é a consumida principalmente no Norte e no Nordeste. A amarela é comum no sudeste. E a nova variedade dá para perceber que é bem mais amarelada, justamente por causa do betacaroteno.

O ideal é consumir essas variedades amarelas de mandioca – chamadas Jari, Dourada e Gema de Ovo – sempre cozidas, para que a sua pró-vitamina não se perca durante o processamento (prensagem das raízes).

Mandioca BRS Poti Branca
A BRS Poti Branca é recomendada, principalmente, para uso nas indústrias de farinha e de fécula.

Mandioca-mansa (ou de mesa): é a que encontramos em supermercados e feiras e chamamos de aipim, macaxeira etc. Menos fibrosa e de mais fácil cozimento, tem baixo nível de ácido cianídrico e é perfeita para consumo.

A mandioca vendida em feiras, quitandas e supermercados é a mandioca-mansa, conhecida também como macaxeira ou aipim.

Uma macaxeira amarela, macia e saborosa, a Aipim Manteiga não apresenta fibras, tem sabor adocicado e a textura da massa cozida é fina, características desejáveis para a produção de bolos, sequilhos, nhoques e purês.

Para ter certeza de que está levando uma mandioca fresca para casa, quebre-a ao meio para se certificar de que o miolo está bem branquinho ou amarelo, dependendo do tipo. O miolo também precisa estar úmido e sem manchas. O mesmo funciona para a casca, que deve estar uniforme e sem manchas.

Por conter boas quantidades de vitamina C, flavonoides, carotenoides e vitamina A, compostos com ação antioxidante, a mandioca ajuda a combater o excesso de radicais livres e fortalecer o sistema imunológico, auxiliando na prevenção de alguns tipos de câncer, como intestino, estômago e mama.

A mandioca-amarga ou brava possui alto teor de ácido cianídrico (quantidade de linamarina maior que 100 mg/kg), extremamente tóxico ao homem e aos animais. Quando a linamarina sofre a ação de enzimas externas ou existentes na própria raiz, surge o ácido cianídrico, com alto ou baixo grau de toxidade.

Uma macaxeira amarela, macia e saborosa, a Aipim Manteiga não apresenta fibras, tem sabor adocicado e a textura da massa cozida é fina, características desejáveis para a produção de bolos, sequilhos, nhoques e purês.

Mandioca BRS 396
Trata-se de cultivar de mandioca de mesa de polpa amarela com alto teor de betacaroteno (precursor da vitamina A).

A variedade – chamada de amarela 1 – foi encontrada em Minas Gerais e no Amapá e trazida para o Laboratório de Melhoramento Genético da Mandioca, na Estação Biológica da UnB. “Essa variedade é originária de culturas indígenas, que costumam ser negligenciadas pelos pesquisadores.

A mandioca rosada, depois de cozida, adquire uma coloração avermelhada. A mandioca rosada traz como benefício a prevenção de câncer de próstata, de acordo com o pesquisador bioquímico de plantas Luiz Joaquim Carvalho. Já o material de cor amarela mais intensa tem betacaroteno, vitamina A.

A macaxeira também é conhecida como mandioca mansa ou aipim, e possui menos de 50 mg de HCN por kg de raiz fresca sem casca. Já a mandioca, ou mandioca brava, apresenta acima de 100 mg de HCN por kg de raiz fresca sem casca. E não adianta tentar fazer essa identificação só no “olhômetro”, como explica a pesquisadora.

Tanto a mandioca de mesa quanto a mandioca brava podem apresentar pele branca ou rosada, caule verde ou rosado ou alguma característica semelhante nas raízes.

A mandioca recebe um nome em cada região brasileira. É por isso que você encontra por aí a macaxeira e o aipim, mas todos se referem ao mesmo alimento. Essa diversidade não está só no nome, mas também na identidade cultural que ela carrega e na sua utilidade culinária.

considerada a melhor do Brasil.

Nova variedade de mandioca, BRS 420 tem 45% a mais de raízes e 51% a mais de amido.