Qual foi o primeiro Exu a se manifestar na Umbanda?

Perguntado por: equaresma . Última atualização: 26 de maio de 2023
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A data atribuída à primeira manifestação desse credo é 15 de novembro de 1908, quando o jovem Zélio Fernandino de Moraes recebeu o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em um terreiro na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.

História. A ideia do exu de Umbanda deriva do orixá de mesmo nome, no Candomblé, que era considerado o mensageiro dos demais orixás. Sua identificação histórica com o diabo cristão se estabeleceu não por conta de suas características funcionais, mas devido a aspectos de sua aparência.

Assim como mostra a reportagem, o pesquisador resgatou a origem da demonização do Exu, que remonta os escritos de viajantes que passaram pela região iorubá entre os séculos 19 e 20.

Exu Caveira: De padre a guardião da Calunda.

Exu na Mitologia Iorubá
Sua energia está relacionada as fontes primordiais da vida, ele é apontado como o primeiro ser criado (Yangui ou Yangí), portanto, está relacionado ao elemento terra. Representa a dualidade amor e ódio, sagrado e profano, amigo e inimigo, pois ancora a dicotomia humana.

são alguns dos exus mais raros da umbanda e quimbanda. exu das sete encruzilhadas, sendo um dos grandes maiorais. dos exus da linha de oxalá. Esse exu é o que mais está conectado. com a energia de oxalá.

as pessoas comuns (não médiuns) têm apenas um Exu Natural individual, ao qual não é possível identificar porque eles não se mostram (..)

Mas, afinal, quem é Exu? O Exu foi a primeira divindade a ser criada pela poderosa matéria de Olodumaré, o solo avermelhado e lamacento, ele se tornou o elemento dinâmico que leva à propulsão, mobilização, transformação e crescimento.

Entre os povos locais, Exu era cultuado como um Orixá, ou seja, como divindade. “As religiões de origem africana são baseadas na ancestralidade, sendo que os próprios deuses são entendidos como ancestrais divinizados”. A deidade era considerada um ancestral distante, sendo que cada clã mantinha seu culto específico.

Tem 201 caminhos, suas cores são o vermelho e o preto e seus números são 3 e 7.

Para a cultura Yorùbá cada Òrìsà (Orixá) está ligado a um ou mais animais. Estes animais identificam cada Orixá em diversos ìtàn's, àjoyò's (mitos e rituais). Gato - com seu jeito cativo e astuto é protegido pelo imprevisível Exu. Cachorro - o guardião, companheiro e amigo tem a proteção do Orixá Guerreiro Ogum.

Quando se veem as primeiras Bíblias traduzidas para o iorubá ou fon-ewe, Exu ou Legba é traduzido como “evil”, o mal (em inglês), o diabo. Mesmo o Alcorão traduzido para o iorubá o coloca como ash-Shaitan, o demônio.

Para os povos de terreiro, não existe céu nem inferno. Mãe Jaciara conta que o terreiro é o local onde os povos se fortalecem, independente de cor, de credo e de etnia.

Òrìsà-Nlá ou Obàtálá, “O Grande Òrìsà” ou “O Rei do Pano Branco”, ocupa uma posição única e inconteste do mais importante orixá e do mais elevado dos deuses iorubás. Foi o primeiro a ser criado por Olódùmarè, o Deus Supremo. É também chamado Òrìsà, ou Obà-Igbò ou Òrìsà-Ìgbò [...]

Santo Antônio de Pemba

Exú – Santo Antônio de Pemba ou santo Antônio.

“Em algumas casas das religiões africanas e afro-brasileiras Exu é o sentinela e protetor”, afirma. Mas ele também assume, em algumas canções, características de uma espécie de mensageiro entre os orixás e o ser humano.

Características do Exu Caveira. É representado como um homem alto, com aparência esquelética e vestimentas geralmente negras, trazendo alguma arma na mão: espada, foice, tridente ou escudo. É conhecido por ser um Exu enérgico, muitas vezes temido por sua aparência macabra e personalidade forte.

Continuando nessa perspectiva, o Emí (sopro vital indistintamente do corpo e do espírito) é o princípio da existência insuflado por Exu Bará; ele reside no peito, nos pulmões e se manifesta pela respiração.

Conhecido como o “homem da capa preta”, em referência a capa que usava, e que escondia a metralhadora que usualmente carregava — a Lurdinha[3], Tenório nasceu no Alagoas, em área do município de Palmeira dos Índios, em 27 de setembro de 1906[4].