Qual foi o pecado de Santo Agostinho?

Perguntado por: mfogaca . Última atualização: 6 de maio de 2023
4.3 / 5 16 votos

Para Santo Agostinho, “não são os pecados mesmos, nem as desgraças mesmas, que são necessários à perfeição do universo, mas as almas enquanto almas, as quais se não quiserem pecar não pecam, mas tendo pecado tornam-se infelizes” 7.

Para Santo Agostinho, o mal não tem realidade metafísica: todo o mal não é mais que a ausência do bem, a ausência da obra divina. Ou, para ser mais preciso, o mal não é algo que foi criado, não é algo físico – o mal é o “não ser”.

O conhecimento da verdade, segundo Santo Agostinho, pode ser obtido por meio da auto-reflexão feita pelo homem e de sua interiorização em Deus. Para que possamos compreender a possibilidade do homem conhecer a verdade segundo o Filósofo, não podemos nos omitir do estudo do conhecimento de Deus.

Era defensor da ideia de pecado original e da predestinação – teoria de que o destino da vida humana é planejado por Deus. A fé seria o único meio de alcançar a verdade, sendo a razão o responsável pela comprovação dessa verdade. Também pregou a manutenção e defesa da paz.

Em resumo, as principais ideias de Santo Agostinho são agrupadas assim:

  • A fé e a razão;
  • A primeira certeza e suas confissões;
  • A Iluminação divina;
  • O problema do mal;
  • O livre arbítrio.

O milagre mais famoso de Santo Agostinho é a conversão de seu amigo, o jovem Alípio, que se tornou cristão depois de ouvir Agostinho ler um trecho da Bíblia.

Santo Agostinho (354-430) foi um filósofo, escritor, bispo e importante teólogo cristão do norte da África durante a dominação romana. Suas concepções sobre as relações entre a fé e a razão, entre a Igreja e o Estado dominaram toda a Idade Média.

Horário: 12 horas. “A morte não é nada. para o outro lado do Caminho.

Deus é o responsável pela criação de tudo que existe no mundo; apesar disso, não poderia ser Ele, que é sumamente bom, o responsável pela criação do mal. Se considerarmos a hipótese do mal ter-se originado do demônio, a dúvida permanece: de onde veio o demônio, então?

Por outro lado, sua conversão deu-se graças à oratória do bispo de Milão, Santo Ambrósio, o qual o batizou e influenciou em seus discursos.

A) Para Santo Agostinho, fé e razão são complementares. A não substitui e nem elimina a razão ou a inteligência. A , pelo contrário, estimula e ilumina a razão para compreender as verdades que vem do Mestre Interior, por iluminação divina. A razão, por sua vez, fortalece a , uma vez que esta é superior àquela.

Na verdade, a origem do mal está no livre arbítrio humano; ao conviver no mundo corporal o homem se entregou a certas paixões que deveriam ser usadas apenas como instrumentos de trabalho, instrumentos para sua sobrevivência.

Santo Agostinho categoriza o mal em três formas: ontológico, físico e moral, onde respectivamente representam o ser enquanto ser, a moralidade e o sofrimento no mundo.

Agostinho não deixa de reconhecer Deus como Criador, e o Mal será pensado ou como privação, ou como pecado. Está no livre-arbítrio do homem a possibilidade da escolha do mal, mas ele não é em si mesmo a causa do mal.

A existência de Deus
Para o Bispo, este era um dado de fé provado pela razão. Ou seja, Deus existe e Agostinho afirmava ser possível provar. Para embasar sua teoria, categoriza os seres em insensíveis (as pedras), sensíveis (os animais), ser racional (o homem) e Deus (verdade superior).

Hipona, Annaba, Argélia

Hipona era a actual cidade de Annaba, na Argélia. Provavelmente fundada pelos Fenícios, passou para o domínio romano incluída na província da Numídia.

Mônica e Agostinho, mãe e filho exemplos de vida de oração e conversão. Santa Mônica provou com sua vida que tudo pode ser mudado pela força da oração. Padroeira dos pais, a história diz que rezou 30 anos pela conversão de seu filho Agostinho, além das dificuldades com seu marido rude e violento e outro filho.

Agostinho obedeceu-o, e, a partir daquele momento restaurador, cederia ao cristianismo como religião. Após esse episódio, o Bispo Ambrósio batizou Agostinho e Adeodato. Pouco tempo depois, seu filho morreu. Não bastasse o sofrimento pela morte do filho, Agostinho enfrentou também a morte da mãe pouco tempo depois.

Através da influência da Bíblia, Agostinho identifica o coração com o ser espiritual do homem, porque é o lugar onde Deus se revela, onde Deus é experimentado pelo homem18. Com base no relato da criação em Gênesis, Agostinho compreende a humanidade como criada à imagem de Deus.

Morreu aos 56 anos, no ano de 387, em Óstia na Itália, mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em 1430 e transferido para a Basílica de Santo Agostinho, em Roma.

O doutor de Hipona, quando define o homem, faz questão de distingui-lo das outras criaturas pela racionalidade, ou seja, capacidade intelectiva. Santo Agostinho afirma que o ser humano é portador de uma alma imortal. Para ele, esta é responsável pelo governo das faculdades humanas.