Qual foi a principal consequência da escravidão?

Perguntado por: lrosa6 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A escravidão no Brasil foi cruel e desumana e suas consequências, mesmo passados mais de 130 anos da abolição, ainda são perceptíveis. A pobreza, violência e a discriminação que afetam os negros no Brasil são um reflexo direto de um país que normalizou o preconceito contra esse grupo e o deixou à margem da sociedade.

Com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, aproximadamente 700 mil escravos conquistaram sua liberdade e enfrentaram novos desafios na condição de libertos. Após a Lei Áurea, muitos libertos abandonaram os locais que moravam e procuraram empregos em outras fazendas.

As ondas de preconceito, dor e racismo provocadas pela chegada dos navios negreiros, que durante mais de três séculos trouxeram cerca de cinco milhões de escravos da África até o Brasil, ainda batem com força e geram efeitos devastadores na sociedade – desigualdade e segregação estão entre os mais visíveis, mas não são ...

Um dos principais motivos que levaram à escravidão foi a atividade econômica: a venda de escravos ou sua utilização como mão de obra gerava dinheiro à coroa, que conseguia manter suas finanças em dia e ganhar maior representatividade política.

inviabiliza o exercício da liberdade sob todas as formas. Inexiste direito de ir e vir, na medida em que os trabalhadores são constantemente vigiados por homens armados, que os obrigam a produzir, não obstante as péssimas condições, até que o serviço seja cumprido ou até que as infindáveis dívidas sejam quitadas.

O regime de escravidão no Brasil foi marcado por uma rotina de trabalho pesado e violência, onde os escravizados sofriam punições públicas com frequência. O tronco, o açoite, as humilhações, o uso de ganchos no pescoço ou as correntes presas ao chão, eram bastante comum no período.

Escravidão no Brasil: resumo
A situação de vida dos escravos era péssima e desumana. Além de trabalho intenso ao sol, as condições de higiene e alimentação eram terríveis. As mulheres negras eram exploradas sexualmente, muitas mantidas como reprodutoras. A cultura e a religião foram suprimidas covardemente.

A abolição da escravatura no Brasil não foi resultado da benevolência do Império, como muitos acreditam. Essa conquista foi resultado do engajamento popular contra essa instituição, e a pressão popular sobre o Império foi o fator que fez com que a escravidão fosse abolida em 13 de maio de 1888.

A dívida perdurou até 1950. Com ou sem escravidão, o colonialismo sempre gerou desigualdades. Afinal, a população das colônias pagava impostos para manter o padrão de vida de seus dominadores, tendo pouco acesso a empregos, educação formal e à Justiça.

Em 1803, a Dinamarca aboliu o comércio de escravos, seguindo-se a Inglaterra em 1807, a França em 1817, a Holanda em 1818 a Espanha em 1820 e a Suécia em 1824. Nas colônias britânicas, a escravidão foi finalmente abolida em 1833, nas holandesas em 1863.

O historiador João José Reis listou que as formas de punição foram as seguintes: prisão simples, prisão com trabalho, açoite, morte e deportação para a África|4|.

A maior das sequelas, que ainda perpetua na sociedade, é preconceito étnico, pautado na discriminação e na violência. Esse legado deixado pela escravidão surte efeitos nas mais diversas áreas da sociedade, que é o racismo lidado no dia a dia.

A Lei Eusébio de Queirós foi aprovada em setembro de 1850, decretando a abolição do tráfico negreiro no Brasil. A lei foi acompanhada de medidas de repressão a essa atividade, fazendo com que o tráfico negreiro tenha deixado de existir efetivamente a partir de 1856.

Os portos que recebiam maior número de escravos no Brasil eram Salvador,Rio de Janeiro e Recife;desses portos os escravos eram transportados aos mais diversos locais do Brasil. Algumas outras cidades recebiam escravos vindos diretamente da África, como Belém, São Luís, Santos, Campos e outras.

Os portugueses possuíam uma série de feitorias na costa africana e nela compravam africanos para enviá-los como escravos para trabalharem nos engenhos instalados nas ilhas atlânticas.