Qual foi a primeira pichação do Brasil?

Perguntado por: imoraes . Última atualização: 24 de maio de 2023
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O primeiro registro de pixação no Brasil foi documentado nos anos 60. O “Abaixo a Ditadura” de preto fosco representava a repulsa ao golpe e o desejo de liberdade em meio a Ditadura Militar. “Abaixo a Ditadura” é considerada a primeira pixação brasileira.

A primeira forma de pichação no Brasil veio nos anos 60, junto com a ditadura militar. Era uma pichação de cunho político, contra a ditadura e sem preocupação estética com as letras (qualquer pessoa alfabetizada poderia ler). A segunda forma veio nos anos 80, junto com o movimento punk.

O pixo é um movimento com mais de 30 anos cuja história nos diz que os pioneiros são Juneca e Pessoinha, entre outros “fundões” da grande metrópole São Paulo dedicados a estudar a metrópole ainda nos anos 1980 – e a Mica, com a base dos estudos acadêmicos, pode dizer historicamente como era a cidade nesse período.

Existem duas formas de escrita da palavra. Picho com “ch” é algo espontâneo, uma ação de rabisco de alguém que passou por ali. Já pixo com “x” é o nome de um movimento, que tem uma estrutura bem específica.

  • Linha evolutiva. Os cinco tipos de intervenção gráfica, em ordem de sofisticação.
  • Xarpi. Originárias do Rio de Janeiro, essas pichações também são conhecidas como “carioquinhas”. ...
  • Pichação Reta. A mostrada abaixo. ...
  • Grapixo. Uma pichação reta estilizada como grafite, com várias cores. ...
  • Tag. ...
  • Grafite.

O primeiro “pixador” foi o Cão Fila Km 26 que nada mais era do que um dono de canil que vendia seus cachorros fila no quilometro 26 da Anhanguera e resolveu pintar a cidade toda para fazer propaganda. Em 82, inspirados pelo Cão Fila, começa a pixação com gente como Juneca, Bilão e Pessoinha.

O primeiro registro de pixação no Brasil foi documentado nos anos 60. O “Abaixo a Ditadura” de preto fosco representava a repulsa ao golpe e o desejo de liberdade em meio a Ditadura Militar. “Abaixo a Ditadura” é considerada a primeira pixação brasileira.

Diferente do grafite, a pichação não tem o intuito de ser aceita, muito menos de se tornar agradável aos olhos. Ela inclusive serve para incomodar e gerar desconforto com o que deseja transmitir. Por esse motivo é que o picho acaba sendo considerado como um ato de vandalismo e crime.

Finalidade das pichações
A pichação é considerada um ato político, principalmente de jovens da periferia, que usam as paredes da cidade para se comunicar e protestar contra as desigualdades sociais dos centros urbanos.

A pichação é normalmente com a intenção de conspurcar (sujar, manchar), denegrir a imagem de um monumento. O Grafite é o ato de desenhar ou escrever, independente da intenção. Atualmente, entendido pela sociedade como uma maneira de expressão artística.

A pichação é considerada visualmente agressiva, e contribui para a degradação da paisagem urbana, é considerada como um vandalismo sem nenhum valor artístico.

No começo de 2020, o BCB apresentou o Pix com uma proposta inovadora, até então.

Origem do Grafite
Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.

O pichador VINGA, que atuava na década de 80 e 90, foi o mais conhecido. Seu nome era estampado nos jornais, a polícia o procurava por toda cidade. Invadia sozinho prédios e casas e pichava seus topos, além de várias igrejas e patrimônios públicos.