Qual foi a origem da tragédia grega?

Perguntado por: zmoura . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
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A origem da Tragédia está ligada, quanto ao contexto histórico e local, ao final do século VI e Atenas, respectivamente. Assim, há vínculo entre a Tragédia e o culto de Dioniso, visto que essa ligação era ainda no século seguinte sentida, pois os concursos de tragédias se davam apenas nas festividades dionisíacas.

Ele surge das celebrações feitas ao Deus Dionísio, das festividades e do vinho. Essa dramatização surge dos ditirambos, ou seja, dos cantos dedicados ao Deus Dionísio. Esses cultos à Dionísio foram, aos poucos, se elaborando e ganhando forma.

Segundo Aristóteles, Ésquilo foi o criador da tragédia grega. Graças à introdução de um segundo ator, ele tornou possível o diálogo e a ação dramática.

A tragédia é uma forma dramática ou peça de teatro, em geral solene, cujo fim é excitar o terror ou a piedade, baseada no percurso e no destino do protagonista ou herói, que termina, quase sempre, envolvido num acontecimento funesto.

Características da tragédia
O protagonista enfrenta grandes dificuldades; Linguagem mais formal; Estrutura composta por ação inicial feliz, mas que tem um desfecho fatal; Presença de personagens nobres: reis, príncipes, que sofrem o destino imposto pelos deuses do Olimpo.

Principais tragédias e comédias gregas
Ésquilo – Os Persas (472 a.C.); Sete contra Tebas (467 a.C.); As Suplicantes (463 a.C.); Trilogia Agamêmnon; Coéforas e Eumênides (458 a.C.) Sófocles – Ájax (443 a.C.); Antígona (442 a.C.); Édipo Rei (427 a.C.); Édipo em Colona (401 a.C.)

Ésquilo, nascido no ano de 524 a.C. e falecido em 455 a.C. é conhecido como o pai da tragédia.

O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a Dionísio, o deus do vinho e da alegria.

Para Aristóteles, a tragédia clássica grega deve cumprir três condições: ter personagens de elevado destaque (heróis, deuses e reis), possuir uma linguagem elegante e digna e apresentar um desenlace que sempre redunde no sacrifício e/ou na destruição dos seus personagens.

Os três grandes mestres da tragédia grega foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides, mas os renascentistas portugueses preferiram o latino Séneca. Henrique Aires Vitória revelou o primeiro interesse pela tragédia clássica ao traduzir a Electra, de Sófocles.

As tragédias eram compostas por cinco atos, nos quais os personagens eram deuses, reis ou heróis. Os júris das tragédias eram compostos por cinco pessoas importantes da aristocracia. Nesse gênero destacaram-se Ésquilo, Sófocles e Eurípides. A comédia era um gênero que abordava fatos do cotidiano.

Aristóteles, no decorrer de sua análise, afirma que a tragédia é composta de seis partes: a fábula, os caracteres, a elocução, o pensamento, o espetáculo e o canto.

O espetáculo dramático da Tragédia só ganha seu sentido profícuo porque existe o espectador, o qual só se efetiva não porque senta-se nas arquibancadas do anfiteatro, mas como assistência, isto é, como participação naquilo que se deu e conhece realmente aquilo que se deu em seu conjunto.

Conforme apontado por muitos de seus estudiosos, a tragédia nos lembra de que somos todos sujeitos ao sofrimento. Nossa vulnerabilidade comum talvez possa, em luzes mais otimistas, nos ajudar a assumir coletivamente a responsabilidade por reduzir o sofrimento de todos.

Após saber a verdade, sua mãe-mulher se enforcou e Édipo, envergonhado de seus atos, perfurou os próprios olhos. Tudo começou quando seu pai teve um filho com Jocasta. Um dos oráculos já lhe tinha avisado sobre seu destino trágico: ser morto por seu próprio filho.

Durante o caminho, Édipo e Laio se cruzaram, e um desentendimento surgiu porque Édipo foi agredido por Laio e seu servo para que desse passagem para o rei de Tebas. Édipo se enfureceu com a agressão e assassinou Laio e o servo dele, assim, matando o próprio pai.