Qual foi a maior seca registrada no Brasil?

Perguntado por: lribeiro . Última atualização: 16 de maio de 2023
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A Grande Seca, ou a seca no Nordeste brasileiro de 1877–1879, foi o mais devastador fenômeno de seca da história do Brasil, ocorrido no período imperial brasileiro. A calamidade é responsável pela morte de entre 400.000 e 500.000 pessoas.

1934 - 1936: uma das maiores secas enfrentadas pelo Brasil. O longo período de estiagem afetou 9 Estados do Nordeste e os Estados Minas Gerais e São Paulo também sofreram com a falta de chuvas. 2001: essa seca foi um prolongamento do período de seca do final da década de 90, que teve uma trégua em 2000.

A seca que atinge estados do Sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul, já é considerada a maior em pelo menos 70 anos, afirmou o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos à CNN nesta terça-feira (8).

A seca de 1915 e o Campo do Alagadiço
A região Nordeste do Brasil é assolada por longos períodos de seca que devastam as culturas agrícolas de subsistência e a criação de animais, acarretando a perda de milhares de vidas humanas.

Por quatro vezes foi registrado um período de seca de cinco anos consecutivos: no final do século 19 (de 1876 a 1880), no início do século 20 (de 1901 a 1905), de 1929 a 1933 e de 1979 a 1983. Fecham a lista das estiagens que duraram mais de um ano os biênios 1955-1956 e 1997-1998 e os quatro anos de 1990 a 1993.

O Polígono das Secas é uma região geográfica definida e delimitada pela legislação brasileira, sendo marcado pela ocorrência do fenômeno da seca. Ele está localizado na região Nordeste e Sudeste do Brasil, abrangendo áreas de nove estados. É caracterizado, no geral, pelo baixo regime de chuvas e pela aridez do solo.

Uma sucessão de eventos climáticos combinados gerou uma seca sem precedentes em praticamente toda a região equatorial do globo. No Brasil, a falta de chuvas foi o primeiro capítulo de um flagelo que incluiu uma epidemia de varíola e matou pelo menos 500 mil pessoas entre 1877 e 1879.

Em 1932, outra estiagem iria devastar o semiárido nordestino. Foi nessa época que se tornou conhecida a indústria da seca: as oligarquias econômicas e políticas da região que usavam recursos do governo em benefício próprio, com o pretexto de combater as mazelas do fenômeno climático.

As políticas de combate à seca no Nordeste remontam à época do Império. D. Pedro 2º determinou a construção de açudes, entre outras ações, para diminuir os efeitos da estiagem, entre os anos 1877 e 1879.

Homens, mulheres e crianças trabalhavam duro, quebrando e carregando pedras sob um sol desolador, submetidos à arbitrariedade e à exploração dos encarregados pelas obras. Muitas pessoas desmaiavam ou passavam mal durante o trabalho.

A seca de 1877/80 foi tirana ceifando 500.000 vidas, 10% da população nordestina que era na época de 5.000.000 de habitantes. Uma grande calamidade. Morriam de fome, sede, tifo, bexiga e outras endemias. Uma grande tragédia registrada na história do Nordeste e jamais esquecida.

História da seca do Ceará, 1878-1880.

A seca é um dos principais problemas que afetam o sertão nordestino. Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região Nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas.

O período em que os campos existiram foi curto, de apenas um ano - do início de 1932 ao início de 1933, quando voltou a chover. Mas a conta deixada foi grande. Pela dificuldade de encontrar registros oficiais, é difícil precisar a quantidade de pessoas que morreram naquela época.

A falta de nuvens e a insolação intensa também deixaram a temperatura do mar na costa do Sudeste cerca de 3 °C acima da média no verão 2013–2014, que foi considerado o mais quente e seco no Brasil em 71 anos.

Segundo o historiador Marco Antonio Villa, autor de Vida e Morte no Sertão, durante a seca de 1915 teriam morrido pelo menos 100 mil nordestinos. Outros 250 mil migraram para escapar da “velha do chapelão” – como a fome era conhecida no imaginário do semi-árido.

As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca.

Seca no Nordeste já dura 5 anos e pode se tornar ainda mais severa.

As secas ou estiagens são fenômenos climáticos causados pela insuficiência de precipitação pluviométrica, ou chuva numa determinada região por um período de tempo muito grande. Este fenômeno provoca desequilíbrios hidrológicos importantes.

São Lourenço da Mata, em Pernambuco, com 3.386 mm.