Qual foi a maior capitania do Brasil?

Perguntado por: aornelas . Última atualização: 3 de junho de 2023
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De todos os territórios Brasileiros que foram divididos em capitanias, o lugar onde se verificou maior desenvolvimento foi a região da Nova Lusitânia (correspondente aos atuais Estados de Pernambuco e Alagoas), seguido pela Capitania de São Vicente.

Como foi abordado, os portugueses dividiram o território da América Portuguesa em quinze lotes de terra, distribuídos em catorze capitanias. No caso dos donatários, foram nomeados doze pessoas para administrar as capitanias.

Segundo Boris Fausto, somente duas capitanias prosperaram: São Vicente e Pernambuco|2|.

O sistema de capitanias hereditárias existiu no Império Português por mais de três séculos, compreendidos entre a doação da primeira capitania, a do Machico, na Madeira, em 1440, e a incorporação das últimas que ainda havia (Funchal, Porto Santo e o mesmo Machico, todas na ilha da Madeira), em 1770, no contexto de ...

A primeira capitania hereditária que o Brasil teve foi Fernando de Noronha. As ilhas foram descobertas por Gonçalo Coelho em 1503. Em 1504, D. Manuel I estabeleceu a divisão da colônia brasileira em capitanias hereditárias e então, doou o arquipélago a Fernão de Noronha, navegante e comerciante de pau-brasil.

Embora o título oficial de primeira cidade do Brasil pertença a São Vicente, os historiadores são unânimes em reverter os louros à exuberante Cananéia. Conta a história que, em 1531, o português Martim Afonso de Souza veio ao Brasil para fixar uma colônia projetada.

A administração das capitanias hereditárias foi entregue a terceiros, os chamados capitães-donatários. Os donatários, em geral, eram formados por membros da pequena nobreza, da burocracia portuguesa e comerciantes.

Mapa das Capitanias Hereditárias
Capitania do Maranhão: João de Barros e Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade. Capitania do Ceará: Antônio Cardoso de Barros. Capitania do Rio Grande: João de Barros e Aires da Cunha. Capitania de Itamaracá: Pero Lopes de Sousa.

Entre 1534 e 1536 , foram distribuídas 14 capitanias: 1- Primeira do Maranhão , doada a João de Barros e Aires da Cunha ; 2- segunda do Maranhão , a Fernando Alvares de Andrade ; 3- Ceara , Antônio Cardoso de Barros ; 4- Rio Grande , a João de Barros ; 5- Itamaracá , a Pêro Lopes de Sousa ; 6- Pernambuco ou Nova ...

Pernambuco e São Vicente foram as capitanias que mais prosperaram. Nelas haviam ocorrido experiências de ocupação agrícola desde o período da colonização acidental. Apesar de enfrentarem problemas comuns aos das demais capitanias, Duarte Coelho e Martim Afonso de Sousa obtiveram sucesso.

A Capitania da Bahia de Todos os Santos (1534) teve como donatário Francisco Pereira Coutinho. Passou por compra (1546) a pertencer à Coroa.

O período do Brasil Colônia se estendeu de 1500 a 1822, enquanto os portugueses dominaram o território brasileiro. A colonização do Brasil começou com a chegada dos portugueses, em 1500, e a historiografia recente considera o período anterior à colonização efetiva do território como Pré-Colonial, de 1500 a 1530.

D. João III

As capitanias foram criadas pelo rei português D. João III em 1534 e dividiram toda a colônia em 15 lotes de terras, que foram entregues a pessoas responsáveis por desenvolvê-las. A criação das capitanias foi o primeiro grande esforço da Coroa Portuguesa em colonizar as regiões que correspondem ao Brasil.

O primeiro capitão-donatário a estabelecer-se foi Martim Afonso de Sousa, em São Vicente. De uma maneira geral, o lugar de donatário era hereditário (podendo a capitania, no entanto, ser vendida). Na área que lhe era atribuída, o capitão tinha poder para nomear todos os funcionários e criar vilas e cidades.

16 anos

Por vários motivos, as capitanias hereditárias duraram apenas 16 anos e fracassaram. O sistema de capitanias sofreu com a falta de recursos e também com o abandono por parte de seus donatários.

1821

A abolição da hereditariedade foi o primeiro passo nesse sentido, ocorrendo apenas em 1759, definido pelo Marquês de Pombal. As capitanias hereditárias existiram até 1821. À medida que iam fracassando, voltavam às mãos da Coroa Portuguesa e eram redimensionadas, gerando novas estruturas de administração.

A região referente ao Rio de Janeiro – que representava uma parte pequena do que era a capitania de São Vicente – permaneceria negligenciada nos primeiros tempos pelo seu donatário, Martim Afonso de Sousa (1490/1500?-1571), que priorizou o lote referente a São Vicente, recebido do rei D. João III (1469-1521).

Tomé de Sousa

O governo-geral permaneceu até a vinda da família real para o Brasil, em 1808. Tomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil, chegou em 1549 e fundou a cidade de Salvador, a primeira da colônia.