Qual foi a importância dos jesuítas na educação brasileira?

Perguntado por: aconceicao2 . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Os jesuítas contribuíram para o desenvolvimento da educação, foram os primeiros educadores na história do Brasil, com a determinação de evangelizar conquistaram afetivamente os nativos, mantendo relações educacionais, estabeleceram ensinamentos religiosos e lições relevantes para as vivências nas missões.

Os jesuítas são os padres da Companhia de Jesus, uma ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola em 1534. Têm um papel evangelizador e procuram expandir a fé católica para todos os cantos do planeta. Na Europa, cumpriram um importante papel na reação católica perante o avanço do protestantismo.

Assim marca-se o processo de criação de escolas elementares, secundárias, seminários e missões espalhados pelo Brasil. Desse modo, trataram de organizar o sistema educativo, pois eles viam a educação como ferramenta de domínio religioso e difusão da cultura europeia nas terras indígenas.

A principal função dos jesuítas, ao virem ao Brasil, era evangelizar, catequizar e tornar cristãos os indígenas que habitavam estas terras.

Eles ajudaram a formar nossa música, nossa poesia, nosso idioma, nossas bibliotecas". Os jesuítas eram padres jovens, de origem europeia. Cruzar o oceano, conhecer tribos indígenas e viver em uma terra pouco explorada era uma grande aventura.

O método de ensino utilizado pelos jesuítas era principalmente expositivo, livresco, com pouco ou nenhum sentido prático. O cul- tivo da língua nativa e das Humanidades contrastava com o, nem sempre, ajustado, mas inevitável Latim.

Esses aldeamentos indígenas, também chamados de reduções ou missões, foram criados pela Ordem dos Jesuítas no fim do século XVII, a qual visava principalmente a catequização dos indígenas, pois, com a Reforma Protestante na Europa, a Igreja Católica foi em busca de novos fiéis.

- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica; - Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões; - Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.

A metodologia eclesiástica dos jesuítas foi substituída pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica; criação de cargos como de diretor de estudos, visando a orientação e fiscalização do ensino; introdução de aulas régias, isto é, aulas isoladas, visando substituir o curso de humanidades criado pelos jesuítas.

O Ratio Studiorum sistematizou a concepção jesuítica do que seria educação se adaptando ao contexto da época quando nascia uma maior possibilidade do homem experimentar e explicar o mundo. O documento é um exemplo característico de expressão de como a Sociedade de Jesus foi se construindo durante o século XVI.

C Nas ações jesuíticas, a educação é separada da religião e da moral, desde os discursos até os. metrópole. E Por serem financiados pela Igreja Católica, os jesuítas tiveram grande disposição de recursos. realidade, o que se fez (faz) é subjugá-lo, e quando resiste, massacrá-lo.”

Aos índios era ensinado a ler e escrever, mas, também os ensinamentos católicos e todos esses ensinamentos eram baseados em livros bíblicos coma intenção de aculturá-los. Aos filhos da classe dominante na Colônia, o ensino era de humanidades, que além de aprender a ler e escrever aprendia-se sobre a cultura europeia.

Era uma escola elementar de ler, escrever, contar e cantar, dirigida pelo estudante jesuíta Vicente Rodrigues, de 21 anos de idade, o primeiro mestre-escola do Brasil. Os jesuítas entendiam a sua missão evangelizadora numa dupla dimensão, de catequese e instrução, que se alternavam e reforçavam no currículo escolar.

A criação das aulas régias marcou o surgimento do ensino público oficial e laico, visto que, até então, a educação formal em todos os seus níveis estava sob o controle da Igreja, que também detinha grande influência sobre outras áreas da cultura, como as artes e a impressão de livros.

Os jesuítas fundaram seu primeiro colégio na Bahia em 1550, e trouxeram de Portugal, na mesma época, sete órfãos portugueses, 'moços perdidos, ladrões e maus, que aqui chamam patifes', doutrinados na fé católica para facilitar o ensino dos meninos indígenas.