Qual foi a causa da morte de Fernando Pessoa?

Perguntado por: rcamacho . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Estas palavras, redigidas em inglês, foram as últimas atribuídas a Pessoa, que morreu em Lisboa em 30 de novembro de 1935 no Hospital de São Luís dos Franceses. Ele tinha 47 anos e sofreu uma crise de pancreatite aguda causada por seu abuso de álcool.

«Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena.» Eis uma das frases mais citadas e mais famosas de Fernando Pessoa, não só de Mensagem.

47 anos (1888–1935)

Que Deus deixou aberto. Se Deus, vida ou morte existem ou não. Pondo na tarefa cada pulsação.

A única certeza dada por aqueles que se dedicaram a escrever sobre a vida de Pessoa é a namorada Ofélia Queiroz, sua colega de trabalho num escritório comercial em Lisboa. Ele 32 anos e ela com 19, separava-os 14 anos. O poeta apaixonou-se e, daí, seguiram-se várias cartas de amor.

Assim, Fernando Pessoa nunca casou e nem teve filhos. O autor foi internado no hospital com uma cólica hepática, possivelmente causada por uma cirrose. Mais tarde, ele faleceu em Lisboa, no dia 30 de novembro de 1935, com apenas 47 anos.

1. Poema em linha reta, do heterônimo Álvaro de Campos. Talvez os versos mais consagrados e reconhecidos internacionalmente de Pessoa sejam os do Poema em linha reta, uma extensa criação com a qual nos identificamos ainda hoje profundamente.

Os Heterônimos de Fernando Pessoa são personalidades criadas por ele próprio e que assinam cada qual as suas obras. Para tanto, esses escritores têm biografia e estilo particular. Estudos indicam que Fernando Pessoa assinou textos com cerca de 70 nomes diferentes.

Eu gosto de você, mas eu não preciso de você. Marília Mendonça.

Mensagem é, sobretudo, uma obra de aspecto nacionalista que busca resgatar o sentimento patriótico do povo português. Apesar de fazer parte do modernismo, não recorre aos versos livres. Assim, seus poemas (tanto os líricos quanto os narrativos) possuem versos regulares (com métrica e rimas).

Fernando Pessoa é um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo e poetas de língua portuguesa. Destacou-se na poesia, com a criação de seus heterônimos sendo considerado uma figura multifacetada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, editor, jornalista, publicitário, empresário e astrólogo.

O Poeta Fernando Pessoa (1888-1935), um dos mais controvertidos artistas do século XX, declarava-se um cristão gnóstico. Apesar disso, não se alinhou a nenhuma instituição religiosa e/ou doutrina estabelecida. Teve na dimensão religiosa a temática preferida.

Devido ao novo casamento de sua mãe, com um cônsul, viveu nove anos na África do Sul. Voltou definitivamente a Portugal quando tinha 17 anos. Foi dono de tipografia e editora, além de tradutor de cartas comerciais. Seus dois primeiros livros — Antinous e 35 sonnets — foram publicados em inglês.

Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida, especialmente a humana, fim da existência de qualquer ser ou ente da natureza.

Trata-se de um cântico profético sobre Jesus Cristo. Jesus é o Rei da glória. Ele é o Senhor forte e valente nas guerras (v. 8) que venceu o Diabo e todos os demônios.

Onde nada está tu habitas e onde tudo estás — (o teu templo) — eis o teu corpo. Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome. Torna-me puro como a água e alto como o céu.

Quer como pastor de ovelhas, engenheiro naval ou médico, ele legou à Língua Portuguesa uma das mais ricas obras jamais escritas, trabalhando com quase todas as formas de fazer poesia possíveis, criando, inclusivo, novas maneiras para velhas formas (vejamos o exemplo de Mensagem).

Fernando e Ofélia
Ofélia, com 19 anos de idade, era a mais jovem e mimada de oito filhos, falava francês e gostava de ter uma vida mais independente da família, por isso, procurou trabalho como empregada na mesma firma, onde foi admitida a trabalhar em finais de 1919.

Fernando Pessoa não é só um escritor, mas vários. Em carta de Fernando Pessoa ao escritor Adolfo Casais Monteiro (1908-1972), escrita em 1935, o poeta explica como surgiram seus heterônimos. Segundo ele, a origem deles está na sua “tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação”.