Qual Exu era padre?

Perguntado por: vsantos . Última atualização: 21 de janeiro de 2023
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Exu Caveira – De Padre a Guardião da Calunga revela a trajetória desse homem, do seu nascimento ao seu desencarne; do despertar para o mundo espiritual até se tornar um Exu de Lei e, posteriormente, um Guardião do cemitério (calunga).

No candomblé, Exu é o orixá mensageiro, um ser intermediário entre seres humanos e divindades: por essa razão, nada se faz sem ele e sem que oferendas lhe sejam feitas antes de qualquer outro orixá.

Nasceu em Fonte Grande. Vitória/Espírito Santo - Brasil.

O sangue dos animais, a oferenda dos frutos, das ervas e dos minerais provoca a manutenção e o fortalecimento do axé. Trata-se de um sistema mítico de restituição que coloca as energias em ação, provocando o movimento e a Vida.

Relativamente aos exus, o fator de movimento preponderante é o peso (intencionalidade). São intensamente "pesados" (muito relaxados). O caminhar dos exus, seja em pé, seja com a ajuda dos joelhos, não tem tensão muscular, não resiste ao peso, é passivo diante do seu corpo, que parece ter um "peso" grande.

"Laroyê, Exu", que também pode ser escrito como "Laroiê, Exu", é uma expressão usada como saudação à entidade Exu. Ela pode ser traduzida como "Salve, mensageiro", com uso sendo comum em rituais do Candomblé e da Umbanda.

Exu Lálú é o justo mensageiro de Bàbá Òsàfuru (Oxalá, que além de usar um cajado especial, tem o poder do sono físico). Lálú também tem ligação com Ògún, Odé e Sàngó. Usa o "ponpo òpin" (lança pontiaguda).

- Porque além das ruas, estou presente em todas as encruzilhadas. Por que eu sou Tranca Ruas? - Porque quando pisas na rua, estás pisando no que é meu.

Os exus mais evoluídos são chamados de "exus cabeças de legião", que são sete, e comandam uma legião espiritual. São eles: Exu Lalu - serventia direta de Oxalá.

Gato - com seu jeito cativo e astuto é protegido pelo imprevisível Exu. Cachorro - o guardião, companheiro e amigo tem a proteção do Orixá Guerreiro Ogum.

As lendas africanas contam que Exu era encarregado de ficar nas encruzilhadas antes dos castelos, avisando aos visitantes o local das festas e, como chantagem, Exu solicitava que o visitante entregasse a ele um pouco da comida que levava para os banquetes, originando-se daí o preceito que afirma que “Exu deve comer ...

Suas cores são branco, preto e vermelho, e geralmente é representado com um tridente, o que ao longo do tempo fez com que fosse associado, por membros de religiões de matriz cristãs a uma figura maligna, pelo fato de serem espíritos que trabalham em religiões de matriz africana.

Adentrando o livro, o Exu Tranca Ruas em seu plano é mais conhecido por Mehi Mahar Selmi Laresh.

Entendemos: Tranca Ruas = sua essência é a da ordem e direcionamento (Ogum) / das Almas = seu campo de atuação está no mistério da evolução (Obaluayê). Portanto, é um Exu da Lei que atua direcionando e organizando o aspecto da evolução daquele ser.

De acordo com a tradição oral, Exu morava originalmente em canaviais, e o vento que passava assobiando entre as plantas era Exu se movimentando. Quando se quer chamar Exu, principalmente para a proteção diante de algum perigo iminente, se assobia. Ou seja, assobiar é invocar Exu.

A escola de Caxias trouxe Exu comendo e cuspindo farofa: um Exu orixá, a divindade, e um Exu original, que come o tempo todo e não sacia, a boca de todo mundo, um gesto de devorar o mundo, como num ato de progresso, evolução, fome de mudança e conhecimento, do novo.

Exu é o único Orixá que não recusa comida de tipo nenhum. Como tudo devorou, tudo compreende e aceita, tudo que existe esta incorporado a sua própria natureza profunda.

Omolu é visto com muito cuidado pelos praticantes das religiões afro-brasileiras, pois essa divindade tem poder de dominar os territórios da cura e da enfermidade.

Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.

A expressão MOJUBÁ ou EXÚ MOJUBA é uma “saudação de encontro” ou a própria saudação,proveniente do Candomblé convida à compreensão, ao diálogo e a permanência dos encontros.

Ela é um Exu Mulher, ou seja, é dona das encruzilhadas, das porteiras e dos caminhos. Silva (2015) indica que a Pombagira seria um trickster feminino que desafia a ordem patriarcal da sociedade brasileira porque não aceita a subordinação da mulher aos papéis domésticos tradicionais de esposa e mãe.