Qual era o tipo de radiação de Chernobyl?

Perguntado por: icrespo3 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
4.6 / 5 8 votos

O maior problema foi o césio-137, cuja meia-vida leva mais de 30 anos. A precipitação do pó de césio-137 na atmosfera tornou a região de Chernobyl inabitável por um tempo que varia entre 3.000 e 20.000 anos.

A construção de um sarcófago cobrindo o reator nuclear. Formado por 400 mil metros quadrados de concreto e 7 mil toneladas de aço, com a função de conter a radiação do reator.

Infravermelho (Produzida em um ferro de passar) Ultravioleta (Produzida pelo sol) Micro-ondas (presente em um aparelho de micro-ondas doméstico) Luz visível (produzida em lâmpadas comuns, por exemplo)

15 minutos

A radiação permanece no corpo apenas durante o tempo em que o paciente fica no aparelho (de 7 a 15 minutos).

Já no caso de Chernobyl, o reator derreteu e liberou urânio, o que desencadeou a ativação de nêutrons. Trata-se de um processo em que a radiação dessas partículas induz também a radioatividade em outros materiais.

Elementos radioativos são aqueles cujos átomos apresentam a capacidade de eliminar radiação (energia) alfa, beta ou gama, de forma espontânea, a partir do seu núcleo (que apresenta prótons e nêutrons).

Chernobyl tinha reatores do tipo RBMK, que usavam o grafite, em combinação com água, com canais de combustível individuais. A água fervia nos canais de combustível e o vapor era separado acima deles, em um único circuito. Depois do acidente, este tipo de reator foi aposentado no mundo.

Especialistas disseram que levará pelo menos 3 mil anos para que a área se torne segura, enquanto outros acreditam que isso é muito otimista. Pensa-se que o local do reator não se tornará habitável novamente por pelo menos 20 mil anos, de acordo com relatório de 2016.

O alto nível de radiação afetou as regiões no entorno da usina, chegando a uma área de 100 mil km$$$^2$$$. A cidade que abrigava os trabalhadores de Chernobyl era Prypiat, construída para essa função em 1970.

A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação(divisão) das células. O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol.

Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele.

raios gama

Os raios gama são os mais perigosos. Atravessam o corpo e deformam as células, podendo levar a vários tipos de câncer.

As três emissões radioativas naturais são: partículas alfa (2 prótons e 2 nêutrons), partículas beta (1 elétron) e radiações gama (radiação eletromagnética).

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo. O acidente em Goiânia começou quando um aparelho de radioterapia foi abandonado em um ferro-velho.

A descontaminação de pessoas que entram em contato com material radioativo é feita de acordo com o nível da contaminação. Se a contaminação não for alta, é realizado um processo de lavagem do corpo da pessoa com a utilização de água, sabão e vinagre.

Em Hiroshima e Nagasaki, as bombas explodiram no ar, a mais de 500 metros acima do solo. Isso significa que o material radioativo se dissipou no ar, reduzindo as partículas tóxicas no solo. Em contraste, a explosão de Chernobyl foi no nível do solo e o incêndio que irrompeu continha material radioativo.