Qual era o tipo de epilepsia de Cameron Boyce?

Perguntado por: acunha . Última atualização: 19 de maio de 2023
4.5 / 5 6 votos

A causa da morte do ator americano Cameron Boyce, conhecido por papéis em filmes da Disney, foi epilepsia, segundo autópsia revelada nesta terça (30).

Os tipos mais conhecidos são as crises focais e as generalizadas. A crise convulsiva focal recebe esse nome porque afeta uma parte específica do cérebro. Já a convulsão generalizada acomete mais de uma área cerebral ao mesmo tempo.

A epilepsia é uma doença crônica causada por diversos fatores, enquanto a convulsão, é um tipo intenso de ataque epilético, que não indica que o paciente tenha epilepsia, necessariamente, a não ser que estas convulsões sejam recorrentes.

O paciente com epilepsia não pode ter uma vida normal
E, mesmo quando a cura não é possível, as crises epilépticas podem ser bem controladas com o tratamento adequado. Nesses casos, é possível ter uma vida normal, podendo trabalhar, estudar, dirigir, praticar esportes etc.

Alguns atores famosos de Hollywood também sofreram de epilepsia, como Richard Burton, Michel Wilding e Margaux Hemingway. No Brasil, o Imperador Dom Pedro I era considerado um gênio, segundo alguns historiadores, incluindo Pedro Calmon.

De acordo com uma declaração enviada à revista People, o rapaz de 20 anos sofria de epilepsia, o que o levou a ter uma convulsão. Na segunda-feira 8, o Departamento Médico Legista de Los Angeles fez uma autópsia no corpo do ator e afirmou que a causa da morte só seria divulgada após novos exames.

O ator, considerado uma das grandes estrelas da Disney da atualidade, morreu enquanto dormia, no dia 6 de julho, aos 20 anos. Na ocasião, os pais dele disseram que Boyce havia tido uma convulsão “resultado de uma condição médica preexistente para a qual estava recebendo tratamento”.

O ator Cameron Boyce, que morreu no início de julho aos 20 anos, foi cremado e as cinzas foram entregues ao seu pai, informou a certidão de óbito. O TMZ teve acesso ao documento, que esclareceu que a estrela da Disney morreu às 14h35 do dia 6 de julho.

Crises atônicas: Esse tipo de crise provoca a perda de controle muscular, podendo levar à quedas repentinas; Crises tônicas: Causa rigidez muscular e geralmente afetam os músculos dos braços, pernas e costas. Também podem ocasionar quedas; Crises clônicas: São responsáveis por causar movimentos rítmicos ou repetitivos.

Crises convulsivas – as mais perigosas e urgentes
Conhecida na medicina como crise tônico-clônica, as convulsões fazem com que a pessoa de repente, ou com aviso prévio (como por exemplo, a aura), perca o controle do corpo.

A diferença entre as crises parciais e generalizadas é o tipo de descarga elétrica excessiva no cérebro. Quando a descarga elétrica está limitada só a uma área cerebral, diz-se que a crise é parcial, se está em todo o cérebro, é generalizada. Ao todo há em torno de 30 tipos diferentes tipos de crises epilépticas.

Foi apresentado no Senado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) o PL 2.472/2022, que inclui o lúpus e a epilepsia na lista de doenças dispensadas do prazo de carência para concessão dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por incapacidade, concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Quem sabe que é epiléptico pode prevenir as crises fazendo uso correto do medicamento. Não ingerir bebidas alcoólicas, evitar o jejum prolongado e a privação de sono são fatores importantes para impedir casos futuros de crise epiléptica.

Os exames laboratoriais de sangue devem ser seguidos pelo EEG (eletroencefalograma), que é um exame eletrofisiológico. Portanto, o EEG vai analisar a função elétrica cortical cerebral e poderá detectar e localizar a área com atividade anormal capaz de provocar as crises convulsivas.

“O uso excessivo vai causando olhos secos, afetando o sono e gerando lesões por esforço repetitivo. Aqueles que têm epilepsia podem sofrer uma convulsão. Existem registros de crianças que ficaram mais de 60 horas jogando no celular.

O corpo sofre contrações musculares intensas e involuntárias. A pessoa se debate, pode ficar arroxeada, lábios e dentes ficam cerrados e há salivação excessiva. Na maioria das vezes, ocorre perda de consciência. Essa é a descrição feita por quem já presenciou uma crise convulsiva, condição que ocorre repentinamente.

A epilepsia como já dissemos, tem cura desde que seja diagnosticada corretamente, seja tratada em tempo, com a medicação apropriada e se esta não der resultado, deverá ser avaliada a possibilidade de cirurgia.