Qual era o deus dos Tupinambás?

Perguntado por: nvilela . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Os tupinambás acreditavam que o Anhangá poderia assumir muitas formas diferentes. Apesar de ter considerado maior ameaça para os mortos, seria visto com frequência e mesmo os vivos podiam ter corpo e alma punidos.

Como vários povos cuja base económica era a caça e a recoleção, o seu sistema de crenças assentavam na existência de espíritos e nos heróis que ensinaram as artes essenciais à vida em sociedade.

Conheça os principais deuses da Mitologia Indígena

  • Tupã – deus trovão. Tupãs é um deus do trovão que normalmente é considerado como uma divindade suprema e criadora. ...
  • Guarací – deus sol. ...
  • Jaci – deusa lua. ...
  • Anhangá – deus do submundo. ...
  • Caiporas. ...
  • Iara – deusa das águas.

Era Sumé, enviado de Tupã[1], senhor do Céu e da Terra. E Sumé operava prodígios nunca vistos. Diante dele, os matos mais cerrados se abriam por si mesmos, para lhe dar passagem: a um aceno seu, acalmavam-se os ventos mais desencadeados: quando o ma furioso rugia, um simples gesto de sua mão lhe impunha obediência.

Chamado de “O Espírito do Trovão”, Tupã é o grande criador dos céus, da terra e dos mares, assim como do mundo animal e vegetal. Além de ensinar aos homens a agricultura, o artesanato e a caça, concedeu aos pajés o conhecimento das plantas medicinais e dos rituais mágicos de cura.

O que é Pajé:
Pajé é uma palavra de origem tupi-guarani utilizada para denominar a figura do conselheiro, curandeiro, feiticeiro e intermediário espiritual de uma comunidade indígena. O pajé é considerado uma das figuras mais importantes dentro das tribos indígenas brasileiras.

Símbolos: Uso do cocar reúne diferentes significados para os indígenas. Ao longo dos anos o cocar se tornou um dos principais ornamentos tradicionais usados pelos indígenas e possui grande simbologia na sua cultura.

Os Tupinambás são índios que por volta do século XVI habitaram em praticamente toda a costa brasileira desde o Recôncavo Baiano até ao atual Rio de Janeiro. Foi uma tribo que chamou muito a atenção dos portugueses, no sentido em que praticavam rituais de antropofagia, ou seja, eram canibais.

Etimologia. O escritor Eduardo Bueno, baseado nos escritos de Teodoro Sampaio, afirma que o termo "tupinambá" é oriundo do tupi tubüb-abá, que significa "descendentes dos primeiros pais", através da junção dos termos tuba (pai), ypy (primeiro) e abá (homem).

Significado de Tupinambás
Chefe, manda-chuva. Nome dado pelos cronistas dos séc. XVI e XVII a diversos grupos indígenas de língua tupi que viviam no litoral do Rio de Janeiro e da Bahia, e também no Pará e no Maranhão. De início, as relações dos tupinambás com os portugueses foram amistosas.

moravam em malocas. Cada grupo local ou "tribo" tupinambá se compunha de cerca de 6 a 8 malocas. A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas podia atingir até 600. Viviam da caça, coleta, pesca, além de praticarem a agricultura, sobretudo de tubérculos, como a mandioca e a horticultura.

Era utilizado por pajés durante alguns rituais, como se pode ver em imagem colorida de De Bry. Nos séculos XVI e XVII, no início da colonização, foram levados por viajantes europeus e ofertados à monarcas e famílias nobres. Existem apenas 5 exemplares no mundo, nenhum deles no Brasil.

Segundo o historiador John Monteiro, no século 16, os Tupi estavam divididos entre os povos que habitavam a capitania de São Vicente e a boca do Amazonas – genericamente designados de Tupinambá - e aqueles que habitavam a região ao sul de São Vicente – os Guaranis.

Guaraci, Quaraci, Coaraci ou Coraci (do tupi kûarasy, "sol") na mitologia tupi-guarani é a representação do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o Sol é importante nos processos biológicos.

Os indígenas adoravam vários deuses, admitiam uma trindade superior composta por Guaraci (o sol), Jaci (a lua) e Perudá ou Rodá (deus do amor). O chefe religioso da aldeia era o pajé, que possuía poderes mágicos. Adoravam as forças da natureza (vento, chuva, relâmpago, trovão) e tinham medo dos maus espíritos.

A mitologia grega, tão superficialmente conhecida pela maioria quanto profunda em significados, é tida por especialistas de variadas épocas como uma das mitologias mais ricas da história que deixou rastros.