Qual é o tipo de comida para Obaluae?

Perguntado por: earaujo . Última atualização: 17 de maio de 2023
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pipoca

“A comida de Obaluaê é a pipoca, porque pipoca não se faz sem óleo, e óleo quente não se faz rápido. Pipoca precisa de tempo e de silêncio para funcionar”, sinaliza a historiadora. Um terceiro exemplo emblemático é a comida oferecida a Oxum, uma orixá cuja história faz referência à fertilidade.

Oferenda para Omulu
O Orixá que rege nossa passagem para o mundo espiritual deve ser agradado com velas brancas, vermelhas ou pretas, água pura, coco, vinho doce, mel, pipoca e sal grosso, em campo santo (cemitério) ou à beira-mar.

Nossas oferendas costumam ser, em seu maioria, flores, frutas, velas, fumo e bebidas que oferecemos aos Orixás ou aos Guias como forma de agradecimento ou homenagem, pois sabemos que a energia daquele elemento e sobretudo, a energia de amor e fé que é colocada naquela oferenda, será manipulada pelos Guias Espirituais ...

A pipoca possui um nível muito alto de polifenóis (substâncias que agem como antioxidantes naturais). Possui em sua composição apenas 4% de água, diferente de frutas e verduras (também presentes em ebós e oferendas) que possuem 90% de água. Esse fato contribui muito para a remoção e absorção de células mortas.

Obaluaê é o orixá da transformação, por isso se usa velas brancas e pretas, como sinal de transformação, passagem, mudança.

Resistiu às águas, ao ambiente adverso à sua natureza, graças aos crustáceos que criaram uma superfície dura como a terra para ele pisar. Por isso os crustáceos são quizilas de Omolu, não se pode comer o que serviu de chão, de terra, para esse orixá.

Cavalo - representa a força e a saúde física tem a proteção do Orixá da saúde, Omolu.

As representações relacionadas às quizilas podem também representar os atributos dos orixás: o abacaxi, por exemplo, enquanto fruto rugoso, é quizila de Omolu, pois representa as chagas do corpo deste orixá, marcado pela varíola; os animais que rastejam não podem ser consumidos pelos filhos de Oxumarê, orixá cobra etc.

As pipocas, ou melhor, deburu, são as oferendas prediletas do orixá Omolú; um deus poderoso, guerreiro, caçador, destruidor e implacável, mas que se torna tranquilo quando recebe sua oferenda preferida.

Todo esforço para manter o equilíbrio mental, físico, emocional ou espiritual também é uma forma de cultuar este orixá. Como as coletividades também adoecem, todo esforço para aqueles que nos cercam ou para melhorar o mundo em que vivemos também é uma forma de cultuar Obaluaiê.

Fala-se em Obaluaê ou Omolu, pois genericamente na Bahia e no Brasil pode-se chamar a mesma entidade com os dois nomes.

Conta-se que Iemanjá aceita os presentes quando as pequenas embarcações navegam um pouco e depois de um tempo afundam. Caso as oferendas entregues voltem para a pessoa, quase intactas ou totalmente completas, é porque o orixá não aceitou o que recebeu.

“Cada um oferece o que quer, e não há nenhuma obrigatoriedade, mas é um costume”. No budismo, diferentemente do candomblé – em que a parte da comida ritual oferecida aos deuses não se pode comer – apenas se oferece aquilo que se consome e as pessoas comem o alimento após tirá-lo do altar.

A oferenda deve ficar em um cruzeiro de cemitério, praia ou à beira de um lago ou represa. O senhor que rege as leis prefere velas brancas, azuis ou vermelhas, cerveja, vinho licoroso e flores (em especial, cravos) que devem ser colocados em campos, caminhos e encruzilhadas.

Banho Obaluaê contém as seguintes ervas: manjericão, arruda, boldo, graviola, cana do brejo e lágrima de nossa senhora. Coloque as ervas em 2 litros de água, depois leve ao fogo e deixe ferver por no máximo 3 minutos.

Suplicamos sua misericórdia aos males que nos afetam! Que suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos. Concede-nos corpos sadios e almas serenas. Mestre da Cura, amenize nossos sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!

Ervas do Orixá Omulu/Obaluaê:
Zpínia, vassoura preta, folhas de laranja lima, carobinha do campo, folhas de milho, musgo, barba de velho, velame, sete sangrias, sabugueiro, manjerona, mamona, espinheira santa, assa peixe.

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