Qual é o significado de senhor de engenho?

Perguntado por: lhipolito . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Assim, é importante concluir que os senhores de engenho, pessoas ricas, fidalgos, pessoas que faziam parte da aristocracia em Portugal e no Brasil, eram as pessoas que mandavam no engenho e tinham grande influencia em toda a região.

A - Para ser Senhor de Engenho era necessário ser de ascendência nobre, ter boas relações com a Coroa de Portugal e dispor de recursos financeiros que permitissem a instalação de grandes latifúndios, posse de escravos e transformação da cana-de-açúcar em melaço.

O ENGENHO DE AÇUCAR
CASA-GRANDE:eram construcÕes sólidas e espaçosas, onde viviam o senhor de engenho e sua família:mulher, filhos e agregados. A Casa-Grande era o centro da vida social e economica do engenho.

A principal pessoa que gerenciava e ditava o ritmo da produção no engenho era conhecida como feitor-mor e sua tarefa era administrar o engenho para o senhor de engenho, dono da produção. Outro ofício bastante importante era o mestre de açúcar, que controlava o trabalho de beneficiamento do açúcar.

Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura. Havia também aqueles que exerciam atividades especializadas, como os mestres-de-açúcar, os ferreiros, e outros distingüidos pelo senhor de engenho. Chamava-se de crioulo o escravo nascido no Brasil.

Etimologia (origem da palavra engenho). A palavra engenho deriva do latim “ingenium, ii”, com o sentido de “inclinação, característica nata”.

7 Engenhos de Pernambuco antigamente

  1. Engenho Pirapama (em 1939)
  2. Engenho Moreno.
  3. Engenho Aurora, em Itambé
  4. Engenho Bonito, em Nazaré da Mata (1943)
  5. Engenho Giqui.
  6. Engenho Murim.
  7. Engenho Bamburral (1905)

Nos engenhos de açúcar do Brasil Colonial eram empregados o trabalho assalariado livre e o trabalho escravo africano. Neste texto daremos ênfase às formas e características do trabalho escravo colonial. A maioria da população colonial brasileira era composta por africanos e seus descendentes escravizados.

Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e escravos, detinham o poder político e controlavam as Câmaras Municipais, sendo denominados de “homens bons”, estendendo tal poder para o interior de sua família.

“O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos.

As pessoas escravizadas representavam a principal mão de obra nos engenhos açucareiros (cerca de 80%) e não recebiam salários. Embora a maior parte fosses oriundos da África, muitos escravizados indígenas atuaram nos engenhos coloniais.

Na sociedade açucareira, o senhor de engenho era o líder absoluto, dentro de sua propriedade ele exercia total autoridade sobre sua esposa, filhos e escravos. Os escravos eram considerados sem vontade própria, e para serem facilmente dominados, eram mantidos na ignorância.

As casas-grandes dos primeiros engenhos eram modestamente mobiliadas. Usavam-se redes e colchões para dormir, tamboretes e bancos para sentar. Na cozinha, os utensílios eram cerâmicas indígenas, objetos de estanho, prata e vidro.

Martim Afonso de Souza, em expedição à Ilha da Madeira, traz as primeiras mudas de cana-de-açúcar, S. officinarum, em 1502.

Cuidavam da limpeza dos ambientes de produção, do controle da água, da manutenção de utensílios e instrumentos; vigiavam também a divisão do açúcar pelos tipos e a repartição dos lotes.

Os senhores de engenho consideravam-se "nobres", os grandes aliados da Coroa portuguesa e, por conta disso, queriam ser tratados com distinção.