Qual é o significado da palavra relativização?

Perguntado por: hnogueira7 . Última atualização: 25 de abril de 2023
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A relativização é a desconstrução das verdades pré-determinadas, buscando o ponto de vista do outro. Aquele que relativiza suas opiniões é aquele que acredita que existam outros tipos de verdade, de perspectivas para as mesmas coisas, e que não há necessariamente um certo ou errado.

1. De maneira hipotética; baseado em hipóteses, suposições: Uma lei descreve hipoteticamente uma situação fática. [F.: Fem. de hipotético + -mente.]

O relativismo religioso coloca no mesmo plano todas as religiões – considerando-as todas como expressões de um “espiritualismo” geral. Elimina seus aspectos dogmáticos e de verdade e as reduz a um querer-se bem genérico, colocando-as todas na mesma prateleira de um supermercado religioso.

O relativismo entende que não há nenhuma verdade absoluta, nem no âmbito moral e no campo cultural. Por isso, propõe uma abordagem cultural e moral sem julgamentos pré-concebidos.

A perspectiva expressa na ideia de relativismo cultural tem como origem o pensamento do antropólogo Franz Boas. Ele foi um dos primeiros intelectuais a tecer críticas contra a organização hierarquizada das culturas que era apresentada pela antropologia.

Significado de Fática
adjetivo [Linguística] Capaz de garantir o contato entre o falante e o destinatário (aquele com quem se fala), centrando-se no canal da comunicação: função fática da linguagem. Etimologia (origem da palavra fática).

Significado de hipotético
Que apresenta uma possibilidade de efetivação, de concretização, mas que ainda não foi comprovado, provado. Que possui hipótese; que não se pode saber com toda a certeza; incerto: toda previsão sobre o futuro é hipotética.

Literalmente é o que é literal, sem nenhuma alteração. Uma tradução literal, por exemplo, é uma tradução que não contém nenhuma forma de interpretação. Uma ordem transmitida de forma literal não insere nenhuma outra informação ou determinação.

Os relativistas acham que ninguém tem autoridade para ensinar aos outros o bem e o mal, o moral e o imoral. Muitos vivem sem referências de valores e princípios pelos quais procuram orientar-se. O certo e o errado tornaram-se conceitos vagos, pois cada um escolhe e decide como quer.

O que é relativismo cultural
Relativizar é deixar o julgamento de lado, assim como se afastar da sua própria cultura a fim de entender melhor o outro. Um exemplo de aplicação do relativismo cultural em pesquisas antropológicas pode ser visto no estudo de sociedades tradicionais isoladas de influências ocidentais.

O relativismo moral é a ausência de definições sobre valores objetivos e universais, é a negação de que existe uma verdade para todos. O certo e o errado tornam-se conceitos vagos que variam de pessoa para pessoa, de acordo com sua cultura e criação. Tudo se torna uma questão de ponto de vista e circunstância.

1 condicionalidade, contingência.

O relativismo cultural é importante para que as culturas não sejam estratificadas em camadas hierárquicas, como se existisse “cultura pior” e “cultura melhor”. O relativismo cultural é importante na prática do “olhar o outro” sem, contudo, olhar a partir de “onde estamos”.

Desse modo, o relativismo cultural nos faz perceber as diferenças como uma diversidade possível, e não como algo inferior ou mesmo que deveria ser eliminado. Cada cultura percebe e age em relação ao mundo de maneira diferente. Consequentemente, não há melhor ou pior.

A moral é relativa. O relativismo moral cultural defende que é moralmente correto o que uma sociedade pensa e acredita ser moralmente correto. Assim, não podemos dizer que o código moral de uma sociedade é mais verdadeiro ou mais razoável do que o de outra. Fora de um contexto cultural não há práticas boas ou más.

Franz Boas foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Pai da antropologia norte-americana, pioneiro do método etnográfico e da noção relativista e plural de cultura.

Por exemplo, o abate de animais pode ser visto racionalmente como “mal”, uma vez que esses animais são abatidos contra a sua vontade, contudo a necessidade da sociedade em consumir tais animais para suprir a necessidade nutricional acaba caracterizando essa prática como “bem” validando assim o ato.