Qual é o nome do local onde os escravos viviam?

Perguntado por: aornelas . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala.

Os escravos brasileiros trabalharam nos engenhos de açúcar, nas minas de ouro e outras atividades econômicas e domésticas no Brasil Colônia e Império. Os índios foram usados no Brasil desde os primeiros anos da colonização até o século XVIII.

As senzalas ou sanzalas eram grandes alojamentos que se destinavam à moradia dos escravos nos engenhos, fazendas e roças, das colónias de Portugal no mundo entre os séculos XV e XIX, incluindo em países como São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil Colônia tendo continuidade no Brasil independente e Império do Brasil.

Os quilombos eram comunidades de africanos e seus descendentes que fugiam da escravidão. Nesses locais viviam em liberdade, produzindo o que necessitavam para viver. Eram locais onde tinham a possibilidade de resgatar suas tradições culturais e religiosas.

Os navios negreiros que transportavam africanos até o Brasil eram chamados de tumbeiros, porque grande parte dos negros, amontoados nos porões, morria durante a viagem. O banzo (melancolia), causado pela saudade da sua terra e de sua gente, era outra causa que os levava à morte.

Eles tinham curta existência, já que depois de descobertos eram reprimidos pelos senhores de terras e de escravos. Os quilombos eram locais de refúgio dos escravos negros, que abrigavam também minorias indígenas e brancas. Quilombo é a designação de local de paragens e acampamento de caravanas na África antiga.

Os quilombos espalharam-se em diversas regiões durante o Período Colonial, incluindo Bahia, Maranhão, Pernambuco, Goiás, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e a região amazônica, ou seja, cobriam uma extensa parte do território brasileiro daquele período.

Quilombo dos Palmares

O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo da história do Brasil e ao longo do século XVII chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes na Serra da Barriga. O Quilombo dos Palmares ficou conhecido por ser o maior quilombo da história brasileira.

A carta de alforria era um documento privado, no qual o senhor concedia liberdade ao seu escravo, podendo ser redigido pelo próprio senhor ou por um representante legal, normalmente isso acontecia quando o senhor não sabia ler e escrever, situação evidenciada comumente nos documentos pesquisados.

O engenho, a grande propriedade produtora de açúcar, era constituído, basicamente, por dois grandes setores: o agrícola - formado pelos canaviais -, e o de beneficiamento - a casa-do-engenho, onde a cana-de-açúcar era transformada em açúcar e aguardente.

a tuberculose

Entre elas, a causa mais comum foi a tuberculose, que matou 64 pessoas, ou seja, 42,6%, quase a metade dos óbitos entre os escravos.

As senzalas eram alojamentos que abrigavam escravizados indígenas e africanos, mas o fortalecimento do tráfico negreiro, a partir do século XVII, fez com que essas construções fossem associadas, sobretudo, com os africanos escravizados.

Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.

Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós. Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados.

Locais de resistência contra a escravidão
Os habitantes dessa comunidade, também denominada de mocambo, eram chamados de quilombolas. Em Angola, no continente africano, a palavra “quilombo” (kilombo) significa povoação ou fortaleza e era onde os guerreiros se preparavam para combate.