Qual é o método de Paulo Freire?

Perguntado por: ioliveira . Última atualização: 30 de abril de 2023
4.6 / 5 10 votos

O método de alfabetização criado por Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização. Na etapa de investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.

Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.

Para Freire (1983) a alfabetização é um ato criador, no qual o analfabeto apreende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever, preparando-se para ser o agente desta aprendizagem. E consegue fazê-lo na medida em que a alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.

ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção” (FREIRE, 1998, p. 25). Ensinar pressupõe relação dialógica, na qual docente e discente interagem dialeticamente com perguntas e busca de respostas para a problematização em curso.

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.

7), Freire esclarece que ensinar exige: Rigorosidade metódica; Pesquisa; Respeito aos saberes dos educandos; Criticidade; Estética e Ética; a Corporeificação das palavras pelo exemplo; a Aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; a Reflexão crítica sobre a prática; o Reconhecimento sobre a assunção ...

São eles: alfabético, fônico e silábico. Já os métodos analíticos partem da leitura da palavra, frase ou conto para o reconhecimento dos elementos gráficos (sílaba e letra).

Para o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares da Silva, o método Paulo Freire é revolucionário porque o autor acreditava que a educação proporciona os meios para transformar as pessoas e a sociedade numa escala global. "A educação também é uma luta.

Proposta é um termo mais adequado aos fundamentos defendidos pelo educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997). Um deles consistia na criação de um “Círculo de Cultura”, constituído por uma turma de alfabetizandos e um professor orientador, que incentivava os alunos a falarem de suas vidas na comunidade em que viviam.

A Pedagogia do Oprimido é uma obra de importância mundial
Naquela que é considerada a sua principal obra, que terminou de escrever em 1968, Paulo Freire defende a importância da educação para as camadas mais pobres da sociedade.

Na Pedagogia da Autonomia, o Paulo Freire (2006) fala dos saberes indispensáveis à prática educativa. Afirma que o ensino demanda: rigorosidade metódica, pesquisa, respeito aos saberes dos educandos, criticidade, estética e ética, corporeificação das palavras pelo exemplo, risco, etc.

Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém” (FREIRE, 1996, p. 23). Nesse sentido, o professor precisa se colocar aberto a aprender com seus alunos, possibilitando ao educando se sentir parte de todo o processo. O professor necessita promover e possibilitar em sua prática docente posturas, saberes e fazeres inclusivos.

Pedagogia do oprimido

É a dedicatória de “Pedagogia do oprimido”, principal livro de Freire.

Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”, a frase do educador Paulo Freire, uma dos grandes pedagogos brasileiros, é inspiração para professores das mais diversas gerações.

Ela informa que a ideia dele era a de que professores e estudantes se percebessem como tal e, a partir da percepção de dominado, pudessem se libertar. “Até mesmo se libertar da perspectiva que a própria pessoa tem de achar que é dominante: 'Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor'.

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor.”