Qual é o método de ensino de Paulo Freire?

Perguntado por: lsales . Última atualização: 18 de maio de 2023
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O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)”, dizia Freire.

Ainda para esse pensador, a pedagogia progressista tem se manifestado em três tendências: a libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire; a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos, que acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades ...

Ao elaborar um método pedagógico, Freire revolucionou o ensino no país e, desde então, o “Método Paulo Freire” se tornou referência para o desenvolvimento educacional. O método de alfabetização criado por Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização.

Além do método construtivista e do método tradicional, no Brasil, o método de ensino freiriano e o método de ensino montessoriano também estão entre os principais.

O Construtivismo não é um método, mas uma concepção de conhecimento, um conjunto de princípios. Supõe uma determinada visão do ato de conhecer. Segundo Piaget, todo conhecimento consiste em formular novos problemas, à medida que resolvemos os precedentes.

Encontramos em Paulo Freire (1996) uma defesa para as metodologias ativas, com sua afirmação de que na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação de desafios, a resolução de problemas e a construção do conhecimento novo a partir de conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos (BERBEL, ...

Sua filosofia baseia-se no diálogo entre professor e aluno, procurando transformar o estudante em um aprendiz ativo. Nesse sentido, ele criticava os métodos de ensino em que o professor era tido como o detentor de todo o conhecimento, e o aluno apenas um “depositório” — o que ele chamava de “educação bancária”.

No livro, Freire defendia que o objetivo da escola seria ensinar o aluno a "ler o mundo para poder transformá-lo”. Para ele, isso faria com que os pobres e vulneráveis entendessem a condição de oprimidos e agiriam em favor da própria libertação.

A pedagogia de Paulo Freire segue uma linha semelhante. Paulo Freire acreditava que o professor deveria ser um auxiliar do processo de aprendizado do aluno, não uma figura de mestre. Para o pedagogo, não existe hierarquia entre professor e aluno.

Para Freire (1983) a alfabetização é um ato criador, no qual o analfabeto apreende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever, preparando-se para ser o agente desta aprendizagem. E consegue fazê-lo na medida em que a alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.

A educação libertadora vê o educando como sujeito da História. Vê na comunicação "educador-educando-educador” uma relação horizontal. O diálogo é um traço essencial da educação libertadora. Todo esforço de conscientização baseia-se no diálogo, na troca, nas discussões.

Abaixo, destacamos os principais métodos de alfabetização e como funcionam.

  • Método alfabético (ou soletração) É um dos mais antigos métodos. ...
  • Método fônico. ...
  • Método silábico. ...
  • Palavração. ...
  • Sentenciação. ...
  • Método global.

A abordagem de ensino tradicional é predominante no país. Seu objetivo está em preparar o aluno para a vida em sociedade por meio de uma relação hierárquica. Nela, o foco está no professor, que detém conhecimentos e repassa-os ao aluno.

O ranking existe há 12 anos e confere notas até 100. Nesta edição foram classificadas 20.531 instituições e as que ficaram no topo integraram a lista Global 2000. Universidade de São Paulo é a instituição brasileira melhor colocada no ranking.

No Brasil, a imensa maioria das escolas adota a pedagogia tradicional. Existem outros métodos de ensino, como por exemplo a pedagogia Waldorf. Mas estes costumam ser menos difundidos, principalmente nas rede pública de ensino.

Idealizado em 1907, pela médica italiana Maria Montessori, o método montessoriano consiste na promoção da autonomia e da liberdade individual, sempre respeitando os limites do desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança.

É interessante notar que tanto no Construtivismo como na Escola Nova, assumiram um acento de valor claramente negativo o verbo ensinar e a expressão "transmissão de conhecimentos". O professor é reduzido a um "animador", a alguém que fornece condições para que o aluno construa por si mesmo o conhecimento.

O construtivismo como método de ensino entende que o aluno deve ter centralidade no processo de aprendizagem. Assim, deve ser estimulado a conquistar a sua independência, resolver problemas, elaborar hipóteses e levantar questões.

A base da abordagem construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e que, para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, ou seja, ensinar “aprender a aprender”.

Nessa perspectiva, Delizoicov e Angotti (1990) caracterizam a abordagem dos Três Momentos Pedagógicos em três etapas: Problematização inicial, Organização do conhecimento e Aplicação do conhecimento.