Qual é o livro sagrado do Candomblé?

Perguntado por: asubtil2 . Última atualização: 14 de fevereiro de 2023
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Diferentemente das três grandes religiões monoteístas ocidentais (o cristianismo, o judaísmo e o islamismo), a umbanda e o candomblé não possuem uma tradição escrita marcada por um livro sagrado, como a bíblia, a torá e o corão.

A umbanda, contudo, não dispõe de um livro sagrado, muito menos de um cânon. Aliás, tentou-se formatar uma liturgia comum aos templos de umbanda ao final dos debates ocorridos durante o Primeiro Congresso Brasileiro de Umbanda (1942).

Ibiri

Seu símbolo é o Ibiri, um bastão de hastes de palmeira.

Orixás são deuses cultuados pelas muitas crenças africanas, sendo ligados à família e aos clãs. No Brasil, são cultuados os seguintes orixás: Exú, Ogun, Omulu, Xapanã ou Abaluaiê, Xangô, Yasan, Oxossi, Nanan, Yemanjá, Oxum, Oxunmarê, Ossain e Oxalá. Os orixás detêm axés vinculados à natureza.

babalaô

babalaô”. O líder religioso, tanto no Candomblé como na Umbanda, tem a missão de transmitir oralmente, de geração a geração, suas crenças.

Candomblé é uma religião afrobrasileira, que foi trazida pelos africanos escravizados. Umbanda é uma religião brasileira que mescla elementos do catolicismo, espiritismo, e religiões afro-brasileiras.

Assim, apesar de ter nascido na Bahia, no século XIX, o candomblé foi formado a partir de tradições religiosas africanas de povos iorubás. Essas tradições foram trazidas ao Brasil por populações negras escravizadas vindas de países da África Ocidental, como Nigéria, Benin e Togo.

A Igreja Católica e o Candomblé
O Candomblé não era percebido como religião. Há sim, até então, coisas que são percebidas pelo Catolicismo e são chamadas aqui e ali de feitiçaria ou superstição. Em que medida isto se refere especificamente ao Candomblé é apenas algo a ser deduzido.

No Brasil, a palavra “macumba” designa de forma popular e equivocada toda oferenda aos orixás. O termo correto para isto, no Candomblé, seria o “ebó” ou “padê”. Já na Umbanda seria “despacho”. Ainda pode se referir a uma religião específica de matriz africana.

Os ritos são dirigidos por um pai de santo (que tem o nome africano de babalorixá) ou uma mãe de santo (ialorixá).

O candomblé propõe uma relação bastante individualizada entre o fiel e o orixá que é seu patrono. Com isso, sua diversificada mitologia fornece um instrumento a partir do qual organizar e compreender melhor a diversidade dos homens e de suas ações no mundo e orientar o comportamento das pessoas.

O sacrifício exerce, para os adeptos do candomblé, duas funções: uma é terapêutica, centrada essencialmente na solução de problemas específicos, ligados à saúde, ao amor ou à vida financeira; a outra é profilática, pois visa prevenir o infortúnio.

Produzidos em diversos materiais e cores, cujos sentidos variam entre nações, os colares significam a ligação sagrada entre os praticantes e os orixás do candomblé A riqueza de materiais, cores e adornos é evidente nas práticas e rituais das religiões afro-brasileiras.

Segundo a mitologia iorubá, Olodumaré, também conhecido como Olorum, é o deus supremo e inacessível.

Com o aportuguesamento tornou-se "Babalorixá" e "babaloxá", ("baba" + lo (de) + "orixá"). "Babá" é oriundo também do termo baba, "pai".

Conhecendo os Orixás da Umbanda: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxum, Iemanjá, Iansã.

Ialorixá / Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo. É o posto mais elevado na tradição afro-brasileira.