Qual é o grafiteiro mais famoso do Brasil?

Perguntado por: eassuncao . Última atualização: 29 de maio de 2023
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Speto

Eduardo Sá, conhecido como Speto, é um dos pioneiros do grafite no Brasil e se destaca pela sua técnica apurada e pela mistura de influências do folclore brasileiro e da cultura popular.

  • Romero Britto
  • Enrique Enn
  • André Saraiva
  • Zevs
  • Pozla

Mural de 111 metros é assinado pelo artista Marlon Muk e foi entregue à cidade na terça-feira. Ilustração pode ser vista da Praia Central, que teve faixa de areia alargada em 2021.

Origem do Grafite
Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.

Alex Vallauri

Provavelmente Alex Vallauri foi o primeiro grafiteiro no Brasil. Seu interesse por objetos kitsch fez com que, em meados dos anos 1970, passasse a fotografar painéis de azulejos, pintados nos anos 1950 e colados nas paredes de restaurantes de São Paulo.

As grafites são classificadas pela dureza/maciez e sua pigmentação. Existem 4 tipos: H, F, HB e B.

A data foi escolhida após a morte do lendário grafiteiro italiano Alex Vallauri em 1987 e considerado o pai desta arte no Brasil. Vallauri morreu em 26 de março de 1987 e foi homenageado no dia 27 pelos seus amigos que fecharam e grafitaram o túnel da Avenida Paulista.

Autor do maior mural grafitado do mundo — “Chocolate”, com 5.742 metros” — Eduardo Kobra também tem grande parte de suas obras espalhadas pelo mundo. Em contraponto ao estilo mais lúdico da dupla Osgemeos, Kobra usa o realismo carregado de cores como marca pessoal.

Eduardo Kobra

O artista e muralista Eduardo Kobra detém o recorde mundial do maior mural do planeta. Trata-se da obra “Etnias – Todos Somos Um” (foto), pintado por ele em 2016, no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro, às vésperas dos Jogos Olímpicos. A obra possui cerca de três mil metros quadrados e entrou para o Guinness.

O grafite é aplicado na indústria de diversos materiais, entre eles estão a fabricação de lápis e lapiseira, feita por meio da mistura com argila bem fina que forma a mina do lápis, na produção de tijolos, peças refratarias e nas indústrias de cimentos.

Grafite no Brasil
Já no Brasil, o grafite chegou aproximadamente na metade da década de 70, em formato de Stencil, trazido pelo Artista Alex Vallauri – um etíope radicado no Brasil. Com o tempo, o grafite foi crescendo e passou a ser reconhecido como uma manifestação legítima.

Considerada a capital do grafite no Brasil, é raro andar pelas ruas de São Paulo sem se deparar com muros e empenas (laterais) de prédios coloridos com arte urbana.

O grafite 0.3 mm é o mais fino e é perfeito para dar precisão a áreas pequenas. Os grafites 0.5 mm e 0.7 mm são os mais comuns, e o 0.9 é um grafite mais espesso, perfeito para sombreados.

A história do grafite no Brasil surgiu na década de 70, precisamente na cidade de São Paulo. Ela nasce numa época conturbada da história do Brasil, em que a população era silenciada pela censura com a ditadura militar no poder.

Datada de 25 de maio de 2011, a lei 12.408/11 constituiu um marco para a arte urbana brasileira. Ao inserir o §2º no dispositivo acima, dispôs-se, com clareza, aquilo que as paredes das cidades brasileiras já estampavam: grafite não é crime.

A tipografia no estilo grafite é uma forma de expressão artística que combina as características do grafite com a tipografia, resultando em letras e palavras que transmitem energia, personalidade e originalidade.

Diferente do grafite, a pichação não tem o intuito de ser aceita, muito menos de se tornar agradável aos olhos. Ela inclusive serve para incomodar e gerar desconforto com o que deseja transmitir. Por esse motivo é que o picho acaba sendo considerado como um ato de vandalismo e crime.

OSGEMEOS (1974, São Paulo, Brasil), Gustavo e Otávio Pandolfo, sempre trabalharam juntos. Quando crianças, nas ruas do tradicional bairro do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de brincar e se comunicar através da arte.

Alguns grafiteiros preferem ser chamados "writers" (escritores). "O grafite é uma arte efêmera. Quis fazer uma coletânea de obras e protegê-las do tempo", afirma o arquiteto. Muitos artistas têm nomes insólitos, como Toxic, Crash, Psyckoze, Lady Pink, Popay, Ghost ou o paulistano Nunca.