Qual é o caboclo que assobia?

Perguntado por: emartins . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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De acordo com a tradição oral, Exu morava originalmente em canaviais, e o vento que passava assobiando entre as plantas era Exu se movimentando. Quando se quer chamar Exu, principalmente para a proteção diante de algum perigo iminente, se assobia.

Dentre os registros linguísticos mais notórios dos caboclos está o “sotaque”, categoria nativa que nomeia uma situação de desafio em forma de bravata que estabelece um diálogo, uma alternância entre (en)cantadores.

Aqui estão alguns nomes de Caboclos: Caboclo Pena Branca, Pena Vermelha, Tatuité, Junco Verde, Aimoré, Guará, Cacique das Matas, Cobra-coral, Cabocla Jarina, Cabocla Jurema, Cabocla Jacira, Ventania, Caçador, Sete Estrelas da Jurema, Sete Flechas, Rompe Mato, Boiadeiro Navizala e Boiadeiro da Campina.

Assim, os caboclos na Umbanda, utilizam assobios e brados para equalizar a frequência energética da casa e limpar as energias estagnadas dos filhos de santo e da assistência. São ótimos para encaminhar obsessores com sua leveza e luz.

O que é Caboclo:
Também chamado de mameluco, caiçara, cariboca, curiboca e caboco, o caboclo é a representação do indígena brasileiro, de pele acobreada e características físicas do homem branco europeu.

As três batidinhas na porta provavelmente vêm da superstição de bater três vezes na madeira para afastar o azar.

Ao pesquisar a origem do assobio na internet, uma das teorias que aparece remete aos marinheiros. Enquanto estavam no mar, eles costumavam gritar palavras de ordem uns para os outros. Mas durante as tempestades, se comunicavam por meio de apitos - eram os únicos sons que podiam ser ouvidos além das ondas.

Kimiko explica que assobiar faz bem à saúde, porque melhora respiração e ajuda a desestressar. A gente só assobia quando está feliz, alegre. Por isso, é nesta época do ano que os assobiadores estão mais ocupados, ensaiando.

Assobiar é provocar Exú, também conhecido como dono do assobio e o diabo cristão. Aquele famoso assobio à noite, em casas abandonadas e pontos de ônibus, um ruído fino que ouvimos e achamos ser o vento, podem ser entidades de todos os tipos a assobiar e a assustar quem passa.

Os Caboclos são entidades cultuadas na Umbanda que podem se apresentar como índios ou boiadeiros. Os associados aos índios têm sua origem lidada aos nativos brasileiros e seus trabalhos são associados à cura, manipulando e receitando diversos tipos de ervas, banhos e chás.

Jurema, bebida ritual
Assim, valorizam-se as frutas tropicais, mas também o milho; e outros ingredientes naturais como o mel de abelha. Além disso, há as bebidas artesanais e, em destaque, a “jurema”, que é servida ritualmente para se celebrar os caboclos.

Os Caboclos de pena que são os espíritos de índios, que tinham muito conhecimento sobre pesca, caça artesanatos, e de cura através das folhas. Os de couro ou Boiadeiros, são espíritos de vaqueiros que atuavam cuidando dos rebanhos bovinos, nas fazendas e sertões do nosso país.

Geralmente, nos festejos, caboclos de uma mesma família, ou que possuem afinidade entre si, cantam e dançam juntos. O povo do mar, povo da mata, boiadeiros, turcos, são algumas dessas famílias de encantados.

Usualmente, os caboclos chegam (incorporam) dando um grito, o qual denominamos brado. É uma forma de mantra para alguns e um grito de guerra para outros.

Nos cultos da Jurema temos a figura dos mestres que ocupam a função de líderes, responsáveis pela incorporação de espíritos que curam e aconselham os praticantes, mais conhecidos como “juremeiros”.

Foi quando Zélio acabaria incorporando uma entidade, o chamado "Caboclo das Sete Encruzilhadas", em defesa dos pretos-velhos e dos caboclos. E disse que se ali não houvesse espaço para que negros e indígenas "cumprissem sua missão", ele, o tal caboclo, fundaria no dia seguinte um novo culto — na casa de Zélio.

Destacam-se as frutas tropicais e a abóbora “moranga” (Curcubita máxima Duchesne), que é rica em vitamina A. Popularmente conhecida como coroa, Alice tropical, e guiné, na receita do candomblé de caboclo é preparada com mel de abelhas e acompanhada de vinho moscatel.

Caboclo é um termo Tupi que designava os filhos de indígenas com os brancos europeus. Os caboclos, aqui tratados, são os descendentes da miscigenação entre brancos europeus (portugueses e espanhóis), negros e índios durante os séculos de colonização portuguesa.

Pitar, defumar e beber a Jurema (bebida especial da festa feita com cachaça, rapadura, vinho, jurema e ervas) são as marcas do Toque de Caboclo, noite afora até “cantar pra subir” e servir a feijoada de encerramento. Compartilhe nas suas redes sociais!