Qual é a teoria de John Locke?

Perguntado por: eibrahim . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O inglês fundou o empirismo, teoria que defende a experiência como única forma de conhecimento do mundo, e foi um dos principais filósofos contratualistas - que explicam que o surgimento do Estado ocorre a partir de acordos ou contratos sociais. Por essas razões, Locke figura entre os grandes nomes da filosofia.

Locke detalhou a tese da tábula rasa em seu livro Ensaio acerca do Entendimento Humano, de 1690. Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da experiência.

Locke classifica as ideias complexas de acordo com as três atividades da mente que as produzem: composição, relação e abstração.

A liberdade é segundo Locke, o fundamento de tudo quanto o homem pode ter na terra, é o primeiro dos bens civis do cidadão. Para Locke, o poder político não desa- parece nem com o tipo paternal nem com o tipo despótico, pois o poder político brota inteiramente do consen- timento.

Esse “é também”, segundo Locke, um estado de perfeita igualdade, “no qual são recíprocos todo poder e toda jurisdição, ninguém tendo mais [desses atributos] que qualquer outro”. A condição natural se identifica imediatamente, portanto, pela indiferenciação do poder.

O filósofo inglês John Locke foi um dos principais representantes do empirismo britânico. O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento.

Empirista, Locke também defendia a ideia de que o conhecimento não é inato, mas resulta do modo como elaboramos as informações que recebemos da experiência. A mente é como uma folha em branco ou, para usar a expressão de Locke, uma tábula rasa, na qual as percepções sensíveis deixam sua marca.

Empiria em grego significa experiência. De acordo com essa teoria, a única forma de conhecermos a realidade que nos cerca é através dos cinco sentidos: olfato, paladar, tato, audição e visão.

Por REFLEXÃO ele entendia o fato da mente só receber as ideias que adquire quando reflete sobre suas próprias operações internas. Assim, Locke observa que através da sensação percebemos as características e qualidades das coisas, capazes de produzir em nós ideias.

Para dar sustentação à premissa de que não há na mente princípios inatos, Locke afirma “que a maneira pela qual adquirimos conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato” (LOCKE, 1973.

Para Locke, tal concepção inatista coloca Deus como o responsável pela existência de determinadas ideias em nós, o que, segundo ele, teria um caráter dogmático, uma vez que é inquestionável; é colocado como ponto de partida.

É a partir deste conceito que Locke desenvolve a idéia de direitos naturais, tais como o direito à liberdade, à vida e à propriedade. A finalidade do governo civil, segundo Locke, é a garantia e a preservação destes direitos naturais.

Como filósofo político, Locke pode ser considerado um precursor da democracia liberal, dada a importância que atribui à liberdade e à tolerância. O que estava em jogo era, obviamente, a tolerância religiosa, contra os abusos do absolutismo.

Adam Smith é considerado o pai do liberalismo, sendo um dos pensadores e economistas mais importantes da história. Sua obra influenciou diretamente em áreas como: crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social, entre outros assuntos.

Ao mesmo tempo em que Locke considera as criaturas como iguais, ele justifica a desigualdade a partir de um desígnio divino. Assim, proprietários e não-proprietários seriam determinados não pela constituição da desigualdade como produto social, mas por uma vontade que lhes é superior e externa.

Em seu Segundo Tratado sobre o Governo, John Locke aponta a propriedade como um direito natural, ou seja, existente independentemente de convenções humanas e também dá destaque à noção de consentimento, sem a qual nenhum indivíduo pode ser privado daquilo que é seu, sendo certo que as obrigações decorrentes do ...

Quais são as características do empirismo?

  • a sensação,
  • a percepção,
  • a imaginação,
  • a memória e.
  • a experiência.

O empirismo se contrapõe diretamente ao inatismo. Essa vertente afirma que a existência de todo conhecimento está no ser humano desde seu nascimento, sendo necessário somente a introspecção para alcançá-lo. Além do inatismo, o empirismo também se contrapõe ao Racionalismo.

John Locke

Deixou uma grande contribuição para a filosofia através de seus estudos sobre experimentalismo, método científico e outras teorias. John Locke - Filósofo inglês conhecido como o “pai do empirismo” e também do liberalismo. Locke também defendia o contrato social, liberdade e tolerância.

Os pensadores do século XVII se aplicaram em entender como a verdade pode ser alcançada por meio da ciência. Os empiristas, por exemplo, acreditavam que ela só pode ser alcançada por meio da experiência.

Em contrapartida ao racionalismo cartesiano, contudo, o empirismo representa uma tradição filosófica que, tomando como lema a frase aristotélica “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”, acredita que todo conhecimento resultaria de percepções sensíveis, desenvolvendo-se a partir desses dados.