Qual é a teoria de Emília Ferreiro?

Perguntado por: ucavalcante . Última atualização: 25 de maio de 2023
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Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.

De acordo com Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1989), a criança passa por um processo de aquisição de escrita baseado em cinco níveis de hipóteses: pré-silábica, intermediário, hipótese silábica, hipótese silábico-alfabética e hipótese alfabética.

Emília Ferreiro traz concepções de que todos os conhecimentos têm uma gênese (origem) e que a aprendizagem da escrita não está vinculada à fala, e mesmo quando a criança já estabelece a relação entre fala e escrita, esta relação ainda não é do tipo fonema (fala, som) e grafema (escrita, grafia).

Nele Ferreiro demonstra que existe uma nova maneira de ensinar a criança a ler e escrever, tendo em vista que o processo de aprendizagem da leitura e da escrita inicia-se muito antes do que a escola imagina, pois não é apenas através da utilização de recursos didáticos que a criança pode adquirir conhecimento ...

Para isso, Ferreiro e Teberosky (1999) introduzem quatro níveis de hipóteses de escrita pelos quais as crianças percorrem durante o processo de obtenção da língua escrita. Sendo tais: pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e alfabética que serão pautados em subtemas neste tópico.

Quais são os principais métodos de alfabetização?

  • Método alfabético.
  • Método fônico.
  • Método silábico.
  • Palavração.
  • Sentenciação.
  • Método global.

Simplesmente não existe uma idade na qual as crianças devem estar lendo – apesar de haver um ideal brasileiro profundamente arraigado de que as crianças aprendem a ler no primeiro ano do ensino fundamental, por volta dos seis anos.

Enquanto a alfabetização desenvolve a aprendizagem das letras e símbolos escritos, o letramento se ocupa da função social de ler e escrever. Ela refere-se a compreensão, interpretação e uso da língua nas práticas sociais.

  • O que são hipóteses de escrita? ...
  • Hipótese de escrita pré-silábica: ...
  • Hipótese de escrita silábica sem valor sonoro: ...
  • Hipótese de escrita silábica com valor sonoro: ...
  • Hipótese de escrita silábica alfabética: ...
  • Hipótese de escrita alfabética: ...
  • Como identificar a hipótese de escrita que seu aluno está?

Teberosky defendia que, dado que as crianças fazem parte de uma cultura letrada, os alunos chegavam à alfabetização com aprendizagens importantes relacionadas aos usos sociais da escrita. Dessa maneira, destacam-se o papel do ambiente alfabetizador, da leitura e de atividades de oralidade.

O termo psicogênese pode ser compreendido como origem, gênese ou história da aquisição de conhecimentos e funções psicológicas de cada pessoa, processo que ocorre ao longo de todo o desenvolvimento, desde os anos iniciais da infância, e aplica-se a qualquer objeto ou campo de conhecimento.

A psicogênese da língua escrita surgiu com objetivo de enxergar a alfabetização de uma maneira além do convencional. As autoras dessa teoria, a psicóloga Emília Ferreiro e a psicopedagoga Ana Teberosky, ambas argentinas, perceberam um rendimento falho em relação aos alunos na fase da alfabetização.

Elas queriam entender como as crianças se apropriam da cultura escrita, criando a obra intitulada de Psicogênese da Língua Escrita, introduzida no Brasil por volta dos anos 1980 (Picolli; Camini, 2013).

O construtivismo como método de ensino entende que o aluno deve ter centralidade no processo de aprendizagem. Assim, deve ser estimulado a conquistar a sua independência, resolver problemas, elaborar hipóteses e levantar questões.

O objetivo da alfabetização é promover nas crianças a aprendizagem do sistema da língua escrita. Em outras práticas de letramento é possível aprender apenas observando os outros fazendo, já na prática de alfabetização é necessário à mediação do professor.

Silábico-alfabética:
Nesta fase a criança vê que não é possível escrever apenas com uma letra para cada sílaba. Como essa é uma transição da ”silábica” para a ”alfabética”, a criança começa a escrever algumas vezes representando a sílaba inteira, e em outras usando uma letra para cada sílaba.

No logográfico, o primeiro estágio, a criança trata a palavra escrita como um desenho; no segundo, o alfabético, ela aprende a decodificação grafo-fonêmica e, no último, o ortográfico, aprende a leitura visual das palavras. Saiba mais sobre cada um dos 3 estágios de escrita.

Hipótese silábico-alfabética
Segundo estudos e pesquisas de Emilia Ferreiro, os alunos silábicos compreendem que a escrita é a representação da fala e estabelecem relação entre grafemas e fonemas, percebendo os sons da sílaba.

– Pré-silábica:
É o primeiro passo da criança rumo à alfabetização. Durante essa fase, o pequeno vai começar a perceber duas coisas: Que a escrita está relacionada à fala – embora ainda não consiga diferenciar por completo o que é desenho ou letra.

LEITURA, ESCRITA E INTERPRETAÇÃO: OS TRÊS PILARES DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM | Plataforma Espaço Digital.