Qual é a sensação de morte?

Perguntado por: eazambuja . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Quase a metade relata não lembrar de nada. Pouco mais de 40% relatam memórias detalhadas, como ver plantas ou pessoas ou sentir um medo intenso. Cerca de 9% relatou fenômenos compatíveis com experiências de quase morte.

Vocês sabem qual é o último sentido que perdemos quando nós morremos? A audição. Segundo pesquisas da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá é possível que o cérebro humano responda aos estímulos sonoros quando estão a beira da morte.

A pesquisa também mostra que as pessoas tendem a perder seus sentidos em uma ordem específica. Primeiro, fome e sede, depois fala e visão. A audição e o toque parecem durar mais, o que significa que muitas pessoas podem ouvir e sentir os entes queridos em seus momentos finais, mesmo quando parecem inconscientes.

A origem do medo da morte está associada ao desconhecido e à falta de controle que temos sobre ela. Afinal, é a única certeza que temos nessa vida. O excesso de medo de morrer também está ligado à imagem da vida que levamos.

O momento crucial — o do último suspiro —, quase nunca é doloroso, porque, ocorre num momento de inconsciência. A alma, entretanto, sofre antes da desagregação da matéria durante as convulsões da agonia. A intensidade do sofrimento é diretamente proporcional da empatia entre corpo e perispírito.

Uma pesquisa mostra evidências de que a audição é o último sentido a se desligar quando morremos. Ou seja, algumas pessoas, no estágio final de suas vidas, ainda podem ouvir. O estudo foi publicado em 2020 no periódico Scientific Reports.

O cérebro usa até 25% do oxigênio do nosso corpo. Por isso, ele é o primeiro órgão a morrer quando paramos de respirar.

“Sobre o fenômeno da melhora repentina do quadro e o paciente morrer depois, não tem nada comprovado, nada de certeza. Nós temos alguns indícios em estudos que indicam ser a liberação massiva de neurotransmissores, de hormônios do corpo tentando dar aquele último suspiro.

Mesmo sem circulação sanguínea, o cérebro continua tentando se recuperar. Esse fenômeno foi chamado de "depressão não dispersa", pois ele ocorre simultaneamente em todo o cérebro. Depois, o que se segue é a fase da "despolarização da difusão", conhecida como "tsunami cerebral".

A reportagem explica que os principais sintomas das pessoas que estão a beira da morte são a alteração do estado de consciência (apesar de muitos conservarem a lucidez até o final), a sensação de afogamento, a dor, alterações alimentares, psicológicas, respiratórias e os quadros de confusão mental.

Neste estágio, por conta das bactérias que vivem no intestino do morto, o cadáver passa a inchar, ficar esverdeado e a apresentar um forte odor. Acontece que esses microrganismos começam a digerir as proteínas ali presentes e passam eliminar gases, gerando esse resultado.

Aqui, você já vai perceber os sinais de decomposição. Além disso, depois de todo o processo, o corpo passa pela esqueletização, que é como fica o corpo depois de 2 meses enterrado.

E pensar sobre a morte não é algo patológico em si. Diz respeito a nossa falibilidade, ao nosso medo do desconhecido, a nossa finitude. Pensar sobre isso, não é só pensar na morte, e sim, em como vivemos.

Geralmente, as intervenções utilizadas na tanatofobia são combinações de medicamentos e terapias psicoterápicas. Assim como outras fobias, a tanatofobia é um transtorno recuperável. Por isso, o acompanhamento psicoterapêutico pode promover no indivíduo a capacidade de assimilar os motivos dessa desordem.