Qual é a resposta de Gilberto Freyre?

Perguntado por: lgois . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Explicação: Freyre destaca que o Brasil, por conta do fator miscigenador, acabou por avançar em termos de uma “democracia racial”, ainda que o racismo exista entre nós de forma pontual. O fato é que, ao contrário de outros lugares, como os EUA, no Brasil nunca houve racismo institucionalizado após o fim da escravidão.

A partir da análise das relações sociais nos engenhos coloniais, Freyre chegou à conclusão de que a miscigenação entre colonizadores, escravos africanos e índios foi benéfica para o Brasil, uma vez que todos esses povos acabaram se integrando de forma pacífica, resultando em uma sociedade mais forte e com cultura mais ...

Desta forma, o que Freyre definiu como sendo Sociologia da Medicina seria um território de confluência entre as Ciências Médicas e as Ciências Humanas, nutrindo análises complexas sobre situações médico-sociais peculiares à vivência humana em áreas geográficas específicas.

Com a publicação, em 1933, do livro Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia brasileira. Em vez do registro cronológico de guerras e reinados, passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, arquivos públicos, de jornais e fontes até então ignoradas.

A conquista do sertão. São Paulo: Atual, 2002. FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala.

Gilberto Freyre (1900-1987) foi sociólogo e ensaísta brasileiro. Autor de "Casa Grande & Senzala" que é considerada a obra mais representativa sobre a formação da sociedade brasileira.

A importância da obra de Gilberto Freyre, Casa Grande & Senzala, para a análise do comp... afirmação da existência de uma democracia racial na sociedade brasileira. substituição de uma explicação biológica das diferenças raciais por uma interpretação cultural.

O ensaio de Freyre coloca que a nação Brasileira é formada de um povo mestiço e que até os donos dos engenhos são mestiços. Para ele, o povo brasileiro não é uma nação de brancos e nem de negros, mas de mestiços, fruto de “relacionamentos” dos portugueses com as escravas indígenas e negras.

O livro "Casa Grande e Senzala", do sociólogo Gilberto Freyre, foi lançado em 1933. Nesta obra, Freyre discute a formação da sociedade brasileira a partir de temas como a comida, arquitetura, hábitos, sexualidade, vestimentas, etc.

Casa-grande & senzala aborda especialmente aspectos relacionados a miscigenação, ocorrida com tanta intensidade potencialmente porque havia poucas mulheres brancas disponíveis na colônia. A igreja Católica, diante desse cenário de escassez, incentivou o casamento de portugueses com indígenas (jamais com negras).

Resposta: Gilberto Freyre foi um sociólogo pernambucano que defendeu a ideia de democracia racial no Brasil.

"Na verdade, a escravidão no Brasil agrário-patriarcal pouco teve de cruel. O escravo brasileiro levava, nos meados do século XIX, quase vida de anjo, se compararmos sua sorte com a dos operários ingleses, ou mesmo com a dos operários do continente europeu, dos mesmos meados do século passado." (Freyre, 1964[1922]:98).

Trazidos da África para trabalhar na lavoura, na mineração e no trabalho doméstico, os escravos eram alojados em galpões úmidos e sem condições de higiene, chamados senzala. Além disso, eles viviam acorrentados para evitar fugas, não tinham direitos, não possuíam bens e constantemente eram castigados fisicamente.

Casa-grande era a casa da família do proprietário das grandes propriedades rurais do Brasil colonial. Inicialmente, o termo não era utilizado para designar toda a residência — chamadas casas de morada ou casas de vivenda — , mas apenas a principal varanda da casa, tendo, por catacrese, passado a denominar toda ela.

Para Freyre, foi um cristianismo doméstico, lírico e festivo que criou, no Brasil, as primeiras ligações espirituais, morais e estéticas entre a família, a sociedade e a cultura.

Alguns críticos acusavam Freyre de não ter retratado com fidelidade a relação entre negros e brancos, entre dominadores e dominados. Por causa disso, o escritor não teria registrado de forma fiel a escravidão que existiu durante o Brasil Colônia.

Em sua trajetória, Freyre abordou temas inéditos para a sociologia e a historiografia, como a vida privada, a vida sexual, os comportamentos sociais e os hábitos alimentares no Brasil colonial e escravocrata.