Qual é a raiz da violência?

Perguntado por: mfreitas . Última atualização: 26 de abril de 2023
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A falta de amor, atenção, segurança, limites, dis- ciplina, valores, auto-estima são fatores determinantes da nossa caminhada para o caos social. Os resultados das medidas punitivas e repressivas de combate à vio- lência que vêm sendo utilizadas, há mais de um século, têm sido decepcionantes.

Cinco tipos de violência
E que lhe cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial.

UMA DAS CAUSAS da violência é a desigualdade social. Quanto mais desigual uma sociedade, maior é a violência que nela impera. Sendo o Brasil um dos países mais desiguais do mundo, a consequência é que seja um dos mais violentos. Milhares de pessoas são mortas por ano, principalmente, negros, mulheres e jovens.

Pode ser por vingança, por paixão, por raiva, por necessidade financeira, por fraqueza, por intenção de obter vantagem econômica fácil, dentre vários outros motivos.

Neste sentido, a violência é definida como o uso inten- cional da força ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (Krug et al, ...

A violência urbana é um fenômeno social que tem se espalhado com grande velocidade nas cidades. A raiz desse problema pode estar no modo como a sociedade está estruturada, quais são seus valores culturais, sociais, morais padrões econômicos e também ideologia política.

A pesquisa mostra que a violência atinge mais as mulheres, os jovens, as pessoas pretas ou pardas e a população de menor rendimento. De acordo com a PNS, o percentual de mulheres que sofreram violência nos 12 meses anteriores à entrevista é de 19,4% ante 17,0% de homens.

A origem do termo violência, do latim, violentia, expressa o ato de violar outrem ou de se violar.

“[…] uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade que possa resultar em ou tenha alta probabilidade de resultar em morte, lesão, dano psicológico, problemas de desenvolvimento ou privação.”

Os índices atuais de violência são preocupantes. A violência está disseminada no meio social sob formas variadas. Seja no trânsito, na escola ou no espaço familiar, seja nas grandes cidades ou no interior. Mesmo quando tipificada como homicídio, latrocínio, tráfico, a violência resiste às medidas de repressão.

"Tem que investir na polícia do ponto de vista de prevenção, em inteligência, investigação, no sentido de prevenir a violência”, explica. Em paralelo a isso, Lotin defende o investimento nas áreas sociais – educação, saúde, saneamento, moradia, trabalho – para colaborar no combate à criminalidade.

POSSÍVEIS MEDIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA
1) Realização de projetos sociais com intuito de diminuir a desigualdade social. Abrindo outros caminhos, além dos caminhos criminosos que fomentam a violência, à população de baixa renda (principalmente aos jovens).

Reduzir o acesso a armas, facas e pesticidas; Promover igualdade de gênero para prevenir a violência contra mulheres; Mudar normas culturais e sociais que apoiam a violência; Criar programas de identificação, cuidado e apoio a vítimas.

Dentre os mais comuns, há quatro: Transtorno de Estresse Agudo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e os quadros associados de ansiedade e transtorno de humor. A manifestação de TEPT é uma das decorrentes da violência, com alto custo em termos de saúde pública.

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” – Jean-Paul Sartre. O filósofo e crítico francês, Jean-Paul Sartre, é considerado um dos maiores pensadores do século 20 e um dos expoentes da ideia do “existencialismo”, que visava a liberdade individual do ser humano.

Reações como pânico geral, o pânico de morrer, a impressão de estar a viver um pesadelo, a desorientação geral, o sentimento de solidão e o estado de choque, são reações comuns e normais nas vítimas de crime. Assim, quanto mais violento o crime, maior será o estado de afetação geral da vítima.