Qual é a principal distorção de uma projeção Mercator?

Perguntado por: ndinis . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Na projeção de Mercator, os paralelos e meridianos se cruzam formando ângulos retos (90°). Outro aspecto importante é que o tamanho dos territórios é distorcido nas latitudes mais elevadas, ou seja, nas regiões mais distantes da Linha do Equador. Próximo desse paralelo, as distorções são menores.

A Projeção de Mercator tem como característica principal a preservação dos ângulos e a deformação das áreas.

Como já dissemos, a de Mercator é a mais conhecida, sendo mais útil para fins de navegação por manter a proporção das áreas dos oceanos. A projeção de Peters (imagem a seguir) altera a forma dos continentes e mantém as suas áreas, sendo muito utilizada para representar a importância dos países do hemisfério sul.

Tipos de projeções cartográficas

MétodoPropriedadeProjeção
Geométrica perspectiva e pseudo-perspectivaEquidistantePor desenvolvimento (cônica, cilíndrica e poliédrica)
Analítica simples ou modificadaEquivalentePlana ou azimutal
ConvencionalConforme
Afilática

As projeções de Peters e Mercator são cilíndricas. Enquanto Peters apresenta exagero nas regiões subdesenvolvidas, Mercator apresenta uma visão eurocêntrica aumentando a área dos países nas maiores latitudes.

O conceito tem várias acepções: a primeira mencionada no dicionário refere-se a uma torcidela. Uma distorção, neste sentido, pode aludir a um esguiche, uma luxação ou outro tipo de lesão física que se prende com um estiramento brusco, violento ou forçado.

A projeção de Mercator é cilíndrica conforme, ou seja, mantém a forma distorcendo as áreas principalmente em lugares com maior latitude, como é o caso da Groenlândia, por isso essa fica com uma área maior que a realidade.

Projeção plana ou azimutal
O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.

Ainda hoje a projeção de Mercator é a mais utilizada em nossos mapas. Porém, ela sofre muitas críticas especialmente pelo fato de que os países do Norte desenvolvidos acabam ficando maiores que os do Sul que são subdesenvolvidos ou estão em desenvolvimento.

A principal razão pela qual a projeção de Mercator tornou-se tão popular foi sua utilidade na navegação; em seu mapa, linhas retas representam trajetos constantes orientados por uma bússola. No entanto, manipulando o mapa para obter tal característica, Mercator distorceu enormemente os tamanhos dos países.

Projeção cilíndrica equatorial de Mercator
É uma projeção conforme cilíndrica.

A vantagem da projeção de Mercator é o seu emprego na navegação oceânica, uma vez que permite traçar rotas (cursos, trajetórias) em linha reta. A desvantagem verificada é a deformação das áreas do hemisfério Norte, o que distorce a percepção real das áreas daquela região, fazendo-as maiores do que são na realidade.

RESPOSTA: A projeção de Mercator, por ser conforme, mantém a forma dos continentes e países, mas distorce acentuadamente suas áreas. A projeção de Peters, por ser equivalente, mantém a proporção das áreas dos continentes e países à custa de uma forte distorção de suas formas.

O plano pode ser centrado em um ponto no Equador, nos polos ou em qualquer outro ponto. A deformação ocorre nas áreas mais afastadas da tangência, tendo menos na área central. Isso é, no centro apresenta pequenas deformações que aumentam à medida que se afasta do ponto central.

Como em toda a transformação de um geoide em alguma outra forma geométrica, existem distorções nesta projeção. Nela, o centro da projeção (a parte da Terra que inicialmente tocava na “Folha”) se mantém fiel ao real, porém na medida em que nos afastamos daquele ponto, o mapa vai ficando distorcido.