Qual é a posição de Lutero contra o livre arbítrio?

Perguntado por: ugomes . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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Portanto, a ideia central de Lutero quanto ao livre-arbítrio está fundamentada na tese de que o homem não tem capacidade de colaborar com a sua salvação, apenas a graça e a palavra de Deus.

Diz respeito especialmente a escolhas com consequências morais ou espirituais. Uma das escolhas mais importantes é a de decidir ter fé em Deus e segui-lo. Como consequência, podemos decidir ajudar um próximo necessitado, ser fiel a um cônjuge, mostrar compaixão pelos vulneráveis e necessitados, etc.

Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer seguir. A expressão é utilizada por diversas religiões, como o cristianismo, o espiritismo, o budismo etc.

A mesma graça que coopera com o livre-arbítrio para direcionar a vontade humana para o bem é aquela que justifica o homem perante Deus. Santo Agostinho enfatiza essa colaboração entre graça e vontade para que os homens se tornem justos e se justifiquem: Sem tua vontade não estará em ti a justiça de Deus.

Lutero estava insatisfeito com certas condutas da Igreja, sobretudo com as indulgências, que eram comuns na Igreja Católica da época. Nesse contexto, essa prática acontecia por meio dos dízimos feitos pelos fiéis para a Igreja em troca do perdão de seus pecados.

Rejeitou todas as hierarquias eclesiásticas, desde os padres, até o papa. O homem comum poderia comunicar-se diretamente com Deus. Lutero renegou a interpretação oficial da Bíblia, ou seja, cada indivíduo poderia interpretar livremente as Sagradas Escrituras.

Livre arbítrio seria a capacidade de tomar decisões por conta própria, a capacidade de escolher como agir e se comportar. Um famoso e polêmico estudo de neurociência do norte-americano Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, de 1983, diz que o livre arbítrio é uma ilusão. Não existe!

A obra, Livre-Arbítrio foi escrita por Santo Agostinho², mediante sua conversão ao cristianismo, adotando-o como doutrina.

Toda a vida de Moisés – seus atos, seus feitos, suas leis – é relatada em quatro livros da Bíblia: Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que somados ao Gênesis formam o Pentateuco. Diz a Bíblia que algumas tribos nômades da Palestina abandonaram o solo semiárido daquela região e partiram para o Egito.

O problema do livre-arbítrio surge do conflito entre duas perspetivas que podemos ter de nós próprios e do nosso lugar no universo. Por um lado, temos a crença no livre-arbítrio - a ideia de que temos uma vontade livre, ou seja, podemos controlar pelo menos algumas das coisas que fazemos ou escolhemos fazer.

Nesse sentido, retornemos à pergunta inicial: há limites para o livre-arbítrio? Bem, do ponto de vista de sua essência, detendo-nos mais um instante sobre o elemento vontade, reconheceremos que o livre-arbítrio está circunscrito ao grau de aperfeiçoamento de cada indivíduo. A forma, pois, de sua atuação varia.

Se pretendemos defender o livre arbítrio, cumpre, portanto, em primeiro lugar, mostrar que ele é possível. Em segundo lugar, provar que de fato existe.

A liberdade se diferencia do livre-arbítrio pelo fato de que, enquanto a primeira tem sua expressão no mundo externo (ações, expressões, experiências), o livre-arbítrio é uma faculdade que vem de uma consciência interna a partir do autoconhecimento, discernimento e clareza vindos do Ser.

5 sinônimos de livre-arbítrio para 1 sentido da palavra livre-arbítrio: liberdade de atuação segundo próprio discernimento: 1 livre-alvedrio, liberdade, autonomia, autogoverno, independência.

6 - Por que a afirmação do livre-arbítrio é necessária para que uma pessoa seja moralmente responsabilizada por seus atos? ( ) Porque nossa conduta não seria pecado nem boa ação, caso não fosse voluntária. Nós escolhemos, decidimos livremente como agir. Dessa maneira, somos responsáveis por nossos destinos.

Para refutar essa doutrina, Santo Agostinho irá partir da tese de que não se deve atribuir a Deus mas ao homem a presença do Mal. Este foi criado dispondo de livre arbítrio, com direito a fazer uso de sua liberdade. Em conseqüência, o pecado decorre exclusivamente do livre arbítrio do homem.

O Livre-Arbítrio da vontade humana
A concepção de Agostinho de Hipona a respeito da origem do mal tem por fundamente retirar de Deus qualquer responsabilidade de ser o autor do mal e mostrar que o responsável pela origem do mal é o próprio homem por meio do seu livre-arbítrio da vontade.