Qual é a Pombagira do cemitério?

Perguntado por: umodesto . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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pomba gira maria padilha rainha do cemitério.

Tem ritualística muito parecida com a de Exu Tata Caveira, com o qual costuma ser confundido. No entanto, enquanto Tata Caveira trabalha nos sete campos da fé, o Exu Caveira trabalha "nos mistérios da geração, na calunga" (cemitério).

Philippe Áries

Nas primeiras décadas do século XX, a Irmandade São Miguel e Almas esteve voltada aos mortos e a morte adquiriu majestade, sendo, nas palavras de Philippe Áries, a “rainha do cemitério” (2000: p. 139).

Maria Padilha, Cigana, Sete Saias, Maria Mulambo, Maria da Praia, Princesa Malvada e Rosa Vermelha são as mais conhecidas e marcam presença na Festa da Moça.

A Pombo-gira mas velha que existe, não é uma Pomba Gira da encruzilha, mas sim do cemitério , ela é do cruzeiro das almas da calunga, não usa preto e vermelho . Apresenta-se vestida de preto e amarelo , preto e roxo ou branco e coral . Em seu ponto riscado, prevalecem indicativos deste habitat onde atua.

Quem passar diante de um cemitério à noite poderá se deparar com uma situação amedrontadora: labaredas de fogo vindas dos túmulos. Muita gente já narrou este fato como sendo a visão de fantasmas vindos do além, será que realmente existem? Se não, como podemos explicar este misterioso fenômeno?

Um profissional que cuida da manutenção do cemitério, também chamado de coveiro ou zelador de cemitério, é uma pessoa de extrema importância para a população.

Foi assim que Maria Padilha sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta. Seu corpo foi transportado para a Capela dos Reis, na Catedral de Sevilha, e seu túmulo é ainda hoje local de peregrinação.

De acordo com Botelho (1982), Omulú é o orixá que rege a morte e a passagem para o plano espiritual, o momento do desencarne. É o dono dos cemitérios, responsável pela passagem da vida para a morte e também para guiar os espíritos para os locais considerados adequados em conformidade com sua vida terrestre.

Um deles é o Orixá Omolu que é o guardião de todos os seres caídos, negativados ou desequilibrados. Atua retendo e guardando esses espíritos no “embaixo” do Cemitério (tudo que está abaixo do nível neutro do Cemitério é regido por Pai Omolu e acima deste mesmo nível é Pai Obaluayê).

Os exus mais evoluídos são chamados de "exus cabeças de legião", que são sete, e comandam uma legião espiritual. São eles: Exu Lalu - serventia direta de Oxalá.

Essa Pombagira tem o visual mais diferente entre todas, pele vermelha e uma postura exageradamente erotizada. Ela é muito popular por suas imagens de gesso e resina que são facilmente encontradas nas casas de artigos religiosos (geralmente na entrada onde as pessoas depositam moedas).

A Pomba-Gira do Cruzeiro trabalha para a Rainha das sete encruzilhadas, elas pertencem a mesma falange, mais suas funções se diferenciam no mundo astral. A Rainha do Cruzeiro é uma pomba-gira muito exigente e muito fria no seu modo de agir, pois esta mais acostumada a lidar com espíritos mais perversos.

Essa gira é uma moça muito mistériosa, nobre e séria, quando incorpora é sem rodeios e não gosta de conversas paralelas, seus trabalhos são sempre para desmanche de feitiços e cortas de demanda. Trabalha no cemitério, com a permissão de Obaluaê.

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Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos de apresentação feminina que trabalha de forma independente. Esses espíritos trabalham como Pombas-Giras, principalmente, com a falange de Maria Padilha ou na linha dos Malandros.

Num entardecer de inverno, ele esperou pela Cigana na porta do puteiro e, na penumbra, lhe deu sete facadas. Assustado, olhou o corpo ensangüentado da morta estirado no chão e reconheceu, no piscar do néon do cabaré, o rosto desvelado de Elisa. Um enfarto o matou ali mesmo.