Qual é a origem da fogueira de São João?

Perguntado por: aesteves . Última atualização: 25 de maio de 2023
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A fogueira de São João, um dos principais símbolos da festa junina, é acesa na noite do dia 23 de junho e preparada para queimar durante vários dias de festa. Na crença católica, a mãe de João Batista teria acendido uma fogueira no alto de uma montanha para avisar Maria sobre o nascimento de João.

Um dos santos mais antigos da História, João Batista teria sido primo de Jesus Cristo e responsável por seu batismo nas margens do rio Jordão. Na Europa medieval, sobretudo em Portugal, as celebrações desta época eram conhecidas como Festas Joaninas, em homenagem a São João.

Essa festa sempre acontecia durante o solstício de verão, que acontecia no dia 24 de Junho. As comemorações passaram então a ser conhecidas como Joaninas, em homenagem a João Batista, descrito na bíblia como aquele que batizava as pessoas para a vinda de Jesus.

Além de João Batista ser associado com a imagem do cordeiro —pelo fato de anunciar a vinda do Cordeiro de Deus, isto é, Jesus—, o santo tem ligação com a fogueira. "A fogueira é acesa no dia 23 para o dia 24 como o sinal da luz. João Batista é o homem que pregará a luz do homem.

A fogueira era um sinal de Santa Isabel, mãe de São João, para Maria, mãe de Jesus, para que Maria soubesse do nascimento do São João. A festa é realizada em volta das fogueiras desde antigamente para simbolizar a proteção contra maus espíritos e para agradecer a prosperidade das plantações e da farta colheita.

Fogueiras, bandeirolas, quadrilha, fogos de artifício e bandeiras dos santos são alguns dos símbolos de uma festa junina.

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A pessoa não pode deixar entrar ar entre a brasa e o pé, porque existe uma fina camada de cinzas em cima do braseiro e isso serve como isolante térmico”, afirma. A velocidade também influencia.

A ideia de festa junina chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses durante o período de colonização, no século 16, afirma o CPS.

A realização da festa junina não é um consenso entre os fiéis de igrejas evangélicas. Além do catolicismo, a celebração da festa junina traz elementos de festa pagã, como os cultos solares — que aconteciam na Antiguidade nos dias de solstício de verão no hemisfério Norte — e sincretismos religiosos.

Era período de congraçamento, de partilha e estabelecimento de alianças entre as comunidades. Eram rituais de fartura e abundância em todos os sentidos, no âmbito alimentar e na relação entre as famílias: casamentos, batizados e compadrio."

Há relatos locais de que a Igreja Católica, quando informada dos batizados de fogueira, não batizavam novamente as crianças na Igreja, mas apenas ministrava-lhes os elementos do ato do batismo faltantes, como o óleo, considerando, assim, o batismo de fogueira como autêntico.

No dia 24 de Junho era celebrado o solstício de verão no hemisfério norte e a renovação da natureza. Essa data foi assimilada pelos cristãos e passou a representar o Dia de São João, cujas festas eram celebradas no dia anterior. A festa então ganhou corpo dentro da Igreja Católica, chegando no Brasil pelos portugueses.

O início da festa se dá, cinqüenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).

O formato da fogueira também tem significados: a quadrada é de Santo Antônio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro. Mais conhecidas como quadrilhas, as danças e as roupas multicoloridas marcam a alegria da festa. A dança surgiu nas cortes europeias e as mulheres usavam vestidos rodados e muito enfeitados.

Lucas 22:55-65 VFL. Eles acenderam uma fogueira no meio do pátio e se sentaram juntos ao redor dela. Pedro estava no meio deles. Uma das mulheres que trabalhava ali o viu sentado junto ao fogo e, olhando bem para ele, disse: — Este homem também estava com ele!

“O mesmo fogo que, temido como símbolo do inferno, para onde vão os pecadores, é o fogo que, nas festas juninas do passado, tinham um sentido ligado à purificação e a celebração e que, no presente, expressa a comemoração festiva e religiosa em homenagem a um dos santos mais festejados do calendário católico brasileiro” ...

Em 1414, Hus foi convocado a se apresentar ao Concílio de Constança e a negar a sua doutrina. O reformador negou-se a cumprir a exigência. No dia 6 de julho de 1415, Hus foi morto na fogueira.