Qual é a hepatite mais contagiosa?

Perguntado por: tveloso . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Uma em cada 30 brasileiros tem hepatite B ou C, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a grande maioria não tem conhecimento. O alerta é feito por especialistas nesta terça-feira (19), Dia Mundial das Hepatites Virais.

Uso de sangue e seus derivados contaminados; Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum); Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

A Hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte. Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir.

Tratamento. A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer. A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso.

Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra; a doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com ...

A principal via de contágio do vírus da Hepatite A é a fecal-oral, através do contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. A transmissão do vírus da Hepatite B pode ocorrer por via parenteral ou por via sexual, portanto a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.

Na hepatite A é necessário separar por precaução pratos, talheres e copos de uso diário, roupas de cama, mamadeiras. A abstinência sexual, principalmente durante a fase aguda da doença deve ser rigorosamente seguida.

A hepatite C é considerada a mais perigosa das hepatites. A razão é que ela se torna crônica em pelo menos 75% dos casos, um índice altíssimo. Para se ter uma ideia, somente 10% dos infectados pela hepatite B, a segunda mais perigosa, se tornam doentes crônicos.

A transmissão por via sexual é pouco frequente e o vírus não se propaga no convívio social ou na partilha de objetos. Apesar de o vírus já ter sido detectado na saliva, é pouco provável a transmissão através do beijo, a menos que existam feridas na boca.

Se o infectado com a hepatite C também se encontra infectado com o HIV/AIDS então será necessário sempre fazer uso do preservativo na relação sexual, pois nestes casos o risco de transmissão e aumentado.

Também conhecida como hepatite aguda grave ou falência hiperaguda do fígado, a hepatite fulminante é a condição de maior gravidade dentre as doenças do fígado, podendo levar a morte pelo menos metade dos pacientes.

O HBV até pode ser transmitido pela saliva, mas é muito difícil que alguém seja infectado somente pelo beijo ou por ter compartilhado copos ou talheres. Seria necessário ter uma ferida aberta na boca para essa transmissão ter mais chances de ocorrer.

Se seu parceiro ou parceira descobriu que tem HBV, você também deve fazer o exame e considerar tomar a vacina. Sexo é uma forma comum de transmitir o HBV de uma pessoa para outra. Não faça sexo sem proteção até conhecer seu status. Use preservativos ou outra proteção de barreira de látex.

Portanto, existe um pedacinho do DNA do vírus que se acopla nas células do fígado do infectado. É por isso, que por mais que o indivíduo faça o tratamento e não tenha a forma ativa da doença, este pedacinho ainda se mantém no organismo do infectado. Por isso, diz-se que hepatite B não tem cura.

Quando as pessoas com hepatite B também têm hepatite D, os sintomas são mais graves. Dor nas articulações e urticárias vermelhas com coceira na pele (pápulas) são mais prováveis em pessoas com hepatite B que com outros vírus da hepatite. Os sintomas duram de poucas semanas até seis meses.

Exames de sangue são úteis para identificar o tipo de vírus causador da hepatite. A sorologia pode detectar e diferenciar as hepatites A, B, C, D ou E. Além da sorologia, exames que determinam o funcionamento do fígado, tais como as transaminases AST e ALT, são muito indicados.

Dor abdominal
A inflamação da hepatite aguda pode causar um inchaço do fígado, provocando dor no mesmo.

Os sintomas incluem dor abdominal, urina escura, febre, dor nas articulações, perda de apetite, náusea e vômitos, fadiga e pele amarelada. Eles surgem entre dois a quatro meses após o contato com o vírus, e sua intensidade pode variar.

Urina preta
Essa coloração indica presença da bile, relacionada à lesão no fígado, como inflamação e hepatite.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.