Qual é a função do pajé ou xamã em uma tribo indígena?

Perguntado por: amartins2 . Última atualização: 5 de abril de 2023
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O pajé é considerado uma das figuras mais importantes dentro das tribos indígenas brasileiras. De acordo com as tradições típicas desses povos, o pajé é predominantemente um ancião dotado de poderes sobrenaturais, com a capacidade de prever o futuro, expulsar espíritos malignos e doenças das tribos.

Funções e importância do pajé
Ele conhece os meios de entrar em contato com os espíritos e deuses protetores da tribo. Portanto, é ele que tem a função de invocar e controlar os espíritos. Os indígenas acreditam que o pajé possui a capacidade de entrar em contato direto com os deuses.

O pajé ou pagé é uma pessoa de destaque em certos povos indígenas da América do Sul. São curandeiros, tidos como portadores de poderes ocultos, ou orientadores espirituais.

Xamã (shaman em inglês) é um sacerdote tradicional do xamanismo que possui contato com o mundo dos espíritos, demonstrando particular capacidade de profecia ou cura. Mago, feiticeiro, curandeiro, bruxo, pajé e médico são outros nomes correspondentes.

1. Brasil ETNOGRAFIA nas comunidades indígenas, espécie de sacerdote, feiticeiro e curandeiro, que realiza os rituais mágicos de cura e adivinhação, invoca e controla espíritos, etc.

A pajelança é uma manifestação religiosa voltada para o tratamento de doenças físicas e espirituais, que engloba elementos do catolicismo popular, tambor de mina e das culturas indígenas.

No Brasil, as práticas xamânicas são habituais nas tribos indígenas, tendo como xamã o pajé.

O trabalho do pajé abrange um vasto campo do mundo espiritual; ele não só realiza curas como previne a comunidade de males, localiza objetos furtados, identifica feiticeiros etc. Parte das sessões pode ser pública, contando com a ajuda dos pajés da aldeia ou mesmo de fora, dependendo da gravidade do caso.

A "pajelança" refere-se a um conjunto de práticas e rituais e de representações da natureza e do corpo, típica das populações amazônicas, aplicada principalmente pelos pajés na cura das doenças e aflições.

Quando um índio diz que a própria terra é `sagrada¿, não é força de expressão. Muitos povos indígenas acreditam em deuses e seres mitológicos ligados a elementos da natureza, e o território é o espaço físico onde essas divindades se manifestam.

Cacique e pajé são dois termos ligados às tradições indígenas, mas com diferentes significados. Enquanto o cacique tem uma função mais ligada à organização e comando da tribo, o pajé é considerado um sacerdote. O pajé é o curandeiro e conhecedor de rituais ligados aos deuses indígenas.

Xamanismo no contexto da evangelização
Sekwa para mim era tipo Deus: tinha poder, podia curar as pessoas, saber dos mortos, proteger da chuva, ver coisas que ninguém via.

Xamãs são homens e mulheres de grande talento, que dominam um complexo vocabulário e um tesouro de sabedoria a respeito de ervas, rituais, procedimentos de cura e o mundo dos espíritos de suas culturas.

Para descobrir seu Animal de Poder, é necessário o auxílio de um mestre xamã, porque ele facilita e confirma o encontro da pessoa com esse toten e a guia em toda a jornada de descobrimento.

No contexto indígena brasileiro, o pajé corresponde à imagem do xamã. Proveniente do tupi, esta palavra substituiu no nosso idioma a expressão 'xamã'. Mas as práticas são as mesmas, com algumas variações culturais.

Cacique Raoni, como é conhecido, talvez seja o líder indígena mais famoso do país. Nascido em 1930, no Mato Grosso, ele pertence ao povo Kayapó. A marca registrada é o adorno em forma de disco que usa no lábio inferior.

A Pajelança é um prática cultural tradicional realizada em certas ocasiões com um objetivo específico de cura, magia, previsão de futuro e proteção contra maus espíritos nas aldeias.

Assim como nasceram os homens, nasceram os pajés. Estes são escolhidos pelas forças da natureza. Os mamaés (espíritos) poderosos, que brincam ao redor da aldeia, os visitam em sonhos e os levam ao universo mágico da cura e da magia. Desde muito jovens, são escolhidos e seu destino selado pelos mamaés.

"Xamã" parece derivar de çaman, palavra empregada pelos Evenks siberianos para designar os seus especialistas rituais. É análoga a "pajé", derivada por sua vez de termos das línguas tupi-guarani também utilizados na referência a tais especialistas.

Quando falamos de religião indígena estamos falando de Xamanismo. Os povos indígenas foram considerados no decorrer da história como povos sem crenças que não possuíam Deus ou deuses, ou até ídolos, não possuíam religião alguma.

O xamanismo ou pajelança, como vulgarmente é conhecida por nós, silo práticas desenvolvidas por certos povos, que têm como o objetivo o tratamento de doenças físicas como espirituais.