Qual é a diferença entre hemostasia e homeostasia?

Perguntado por: uconceicao . Última atualização: 10 de julho de 2023
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Homeostasia refere-se ao equilíbrio dinâmico do organismo como um todo. Já hemostasia, refere-se ao processo fisiológico de prevenção e/ou interrupção de sangramentos e hemorragias. Homeostase é a habilidade de manter o meio interno em constante equilíbrio, funcionando contra as mudanças no meio externo.

Trata-se da resposta normal e imediata do corpo quando algum vaso sanguíneo é lesionado. Quando nos cortamos por acidente, mas o sangue estanca rapidamente e coagula no local da lesão, por exemplo. A hemostasia envolve o conjunto de fenômenos mecânicos e químicos para ocorrer o bloqueio de qualquer lesão vascular.

plaquetas

As plaquetas são os elementos do sangue responsáveis pela hemostasia, pois atuam no processo de coagulação sanguínea. O mecanismo de coagulação do sangue é bastante complexo e sofre ação, não só das plaquetas, mas também de diversas substâncias existentes no plasma e nos tecidos.

A hemostasia primária caracteriza-se pela ação das plaquetas no estancamento do sangue. Já a secundária, pela formação do coágulo de fibrina. Fazer essa separação é importante na hora da avaliação laboratorial, uma vez que os fatores de coagulação são ativados de maneiras diferentes, nos ensaios in vivo e in vitro.

A hemostasia secundária é o processo no qual o tampão plaquetário inicialmente gerado na hemostasia primária é reforçado, através da conversão do fibrinogênio para fibrina.

O mecanismo hemostático inclui três processos: hemostasia primária, coagulação (hemostasia secundária) e fibrinólise.

A hemostasia cirúrgica é o conjunto de manobras que tem o objetivo de prevenir, diminuir ou deter o sangramento, garantindo uma boa visibilidade do campo operatório e melhor condição técnica. A falta de êxito nesta etapa do ato operatório pode prejudicar a cicatrização e induzir a infecção.

É um eficiente método de análise do sistema de coagulação como um todo, o TP avalia a deficiência de fatores envolvidos na via extrínseca ou comum da cascata de coagulação, enquanto o TTPA avalia o sistema intrínseco e comum da cascata de coagulação.

Amostras para controle de heparina não fracionadas, devem ser centrifugadas em até 1 hora após a coleta devido à liberação do PF4 (presente nas plaquetas com função neutralizadora de he- parina) e realizar o TTPA em até 4 horas.

Hemostasia é o processo que para o sangramento após uma lesão. Os vasos sanguíneos são reparados pela criação de um tampão plaquetário durante a hemostasia primária, e o tampão plaquetário é depois reforçado pela conversão de fibrina para fibrinogênio durante a hemostasia secundária.

Os defeitos na hemostasia primária (plaquetas) são geralmente caracterizados por sangramento superficial envolvendo a pele ou as membranas mucosas. Sinais como petéquias, sangramento em mucosas e hematomas apresentam-se comumente.

HEMOSTASIA PRIMÁRIA
Didaticamente é dividida em 4 fases: vasoconstricção, adesão, ativação e agregação plaquetária.

A hemostasia é dividida didaticamente em fases, sendo elas: hemostasia primária, hemostasia secundária e hemostasia terciária.

A hemostasia é um processo natural do corpo humano que pode, por meio de fatores naturais ou adquiridos, sofrer alterações, o que leva a quadros de trombose, como infarto agudo do miocárdio, trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Entre eles, estão o Tempo de Atividade da Protrombina (TAP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), os mais utilizados como testes de triagem e que se caracterizam como de grande acuidade na avaliação pré-operatória, investigação de distúrbios hemorrágicos e monitoramento de medicação.

A coagulação pode ser dividida em duas vias: a extrínseca e a intrínseca. A via extrínseca inclui elementos do sangue e aqueles que também não são encontrados com frequência no espaço intravascular. A via intrínseca inicia-se com componentes que estão no espaço intravascular.

Atualmente, a homeostase é compreendida como a tendência que um sistema tem de agir para manter a própria estabilidade, mesmo sob condições adversas e expostas a alterações.

Os dois principais sistemas que contribuem para a homeostase de um organismo (principais, pois todos os sistemas irão auxiliar de alguma forma para manter os níveis internos constantes) são o sistema endócrino e o sistema nervoso. O sistema nervoso capta qualquer informação de desequilíbrio vinda do organismo.